domingo, 23 de janeiro de 2011

O CLIMA NO MUNDO DA LUA

Você tem acompanhado que as erosões de regiões costeiras em quase todos os continentes, a salinização dos lençóis freáticos próximos aos oceanos, a inversão do curso de alguns rios que deságuam em mares, o acelerado derretimento das calotas polares e outros cenários improváveis. O que resvalava na ficção, hoje atropela a realidade.

Por isso, a ONU tem realizados inúmeras conferências sobre o clima. Cancún (México), chamada de COP-16, e que terminou no último 11 de dezembro, foi uma delas.

Até agora, só há um consenso sobre o clima: ou o aquecimento global não ultrapassa 2ºC acima das temperaturas médias da Terra, ou a vida tal qual a conhecemos entrará em uma espiral descendente, como a água que desce por um ralo de pia, cujo fim é o colapso.

Apesar desta alucinante previsão, o mundo pós Cancún amanheceu emitindo os mesmos 9 bilhões de toneladas de gás carbônico a mais do que deveria. E assim vai continuar, já que esta Conferência só estabeleceu que, apenas entre os anos 2013 e 2015 é que serão realizadas as revisões das metas de longo prazo na redução das emissões de gases de efeito estufa no mundo.

E, talvez para não ter um ocaso cômico, a Cúpula anunciou duas medidas, que não chegam a riscar a epiderme do problema: compensar países tropicais que reduzirem seu desmatamento, e um Fundo Verde do Clima, que irá financiar países em desenvolvimento em suas ações de combate às mudanças climáticas (então, elas existem!) e ações de adaptação a elas. Este fundo, que dificilmente chegará ao Brasil, poderá aportar 100 bilhões de dólares, até o ano de 2020.

Contudo, é necessário perguntar:
  1. Houve propostas concretas de novas metas de redução de gases estufa? Não!
  2. Houve encaminhamentos adequados para que se mantenha o aquecimento global abaixo dos seguros 2º C? Não!
  3. Os Estados Unidos, país que emite o maior quinhão destes gases que aquecem a Terra, estabeleceram alguma meta para reduzir suas próprias emissões? Não!
  4. Foi acordado a sequência ao já combalido Protocolo de Kyoto? Não!
Era apenas isso o que Cancún deveria ter decidido e não o fez. Por isso, a COP-16, a exemplo do que já havia sido a COP-15 em Copenhague não foi, nem de longe, o que poderíamos chamar de sucesso. Não é a toa que o Resort Moon Palace (Palácio da Lua), local da Conferência, foi logo apelidado de Mundo da Lua.

E ninguém contestou.

(Fonte: Recado do Cheida - Nº 178 - Paraná, 16 de dezembro de 2010)

Os domingos precisam de feriados

Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação.

Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.

A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.

Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.

Hoje, o tempo de "pausa" é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações "para não nos ocuparmos". A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições.

Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas.

Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo...

Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.

Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente.
As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o Domingo de um feriado...

Nossos namorados querem "ficar", trocando o "ser" pelo "estar". Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI um dia seremos nossos?

Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante.

Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...

Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção.

O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida.

A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é "o que vamos fazer hoje?" já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de Domingo.

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande "radical livre" que envelhece nossa alegria o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.

Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.

Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.
(Texto de: Rabino Nilton Bonder)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Aumento da temperatura mundial em 10 anos vai ameaçar agricultura

A temperatura do planeta pode aumentar 2,4 graus centígrados até 2020, e isto poderia produzir uma queda de 2,5% a 5% da produção agrícola na América Latina, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (18).

As consequências de um planeta mais quente sobre a produção alimentar mundial poderiam ser “enormes”, destacam os autores deste informe intitulado “Déficit alimentar: os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola até 2020″.

As regiões tropicais, onde vivem cerca de 60% da população mundial serão as mais afetadas pelo fenômeno.

A combinação do impacto das mudanças climáticas na produção agrícola e do crescimento da população mundial, que chegará a 7,8 bilhões de indivíduos até 2020, resultará em colheitas insuficientes.

A produção mundial de trigo sofreria um déficit de 14% com relação à demanda dentro de 10 anos, segundo o estudo. Esta cifra é de 11% no caso do arroz e de 9% no caso do milho.

A soja seria o único grão que sofrerá um aumento em sua produção durante o mesmo período, o que permitirá um excedente de 5% com relação à demanda, segundo este estudo publicado pelo Fundo Ecológico Universal, uma organização não governamental com sede na Argentina e representações nos Estados Unidos.

“A produção global de trigo, arroz, milho e soja cairá entre 2,5% e 5%” na América Latina, destaca o estudo.

Se a temperatura do mundo aumentar em média 2%, o estudo chega a calcular que o PIB da região cairia 1,3%.

A produção de milho diminuiria cerca de 15% no Brasil e 5% na Argentina. Os países são atualmente o terceiro e o quinto produtores mundiais do cereal.

Apenas a produção de soja seria beneficiada pelo fenômeno do aquecimento global.

Brasil e Argentina veriam aumentada sua produção em 21% e 42% respectivamente.

Em torno de 50% da soja produzida no mundo é produzida em cinco países da América Latina: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai.

Fonte: Ambiente Brasil - (Clipping)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Zona de Convergência do Atlântico Sul

A zona de convergência do Atlântico sul surge esporadicamente sobre o Brasil, e funciona como um canal de escoamento da umidade atmosférica proveniente da Amazônia para o oceano Atlântico sul.


Leia mais em: http://www.master.iag.usp.br/ensino/Sinotica/AULA14/AULA14.HTML
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