Já imaginou ter um rio imenso passando por cima da sua
cabeça? Isso acontece, dependendo de onde você mora. Só que esse grande rio é
voador. Ficou ainda mais difícil de acreditar? Será! No Brasil, muitas chuvas
se formam diretamente da evaporação de água do mar. Mas algumas surgem de
volumes enormes de vapor de água que fazem uma viagem pelo país. Esses são os
rios voadores.
O processo para formar um rio voador começa na água que
evapora do oceano Atlântico e gera nuvens que vão para a floresta Amazônica.
Quando chove na floresta, só uma pequena parte da água vai para os rios. O
resto é absorvido pelo solo ou pelas árvores. Parte da água que não foi para os
rios evapora (do solo ou pela transpiração das plantas) e forma novas nuvens
cheias de vapor.
Essas nuvens são levadas pelo vento para o centrooeste,
sudeste e sul do Brasil, onde a chuva cai. Ou seja, parte do que chove nessas
regiões depende dos rios voadores que veem da Amazônia.
AMEAÇADOS
Os rios voadores podem acabar por causa do desmatamento da
Amazônia. Sem as árvores da floresta, não haverá vapor suficiente para formar
os rios que voam. Aí, teremos menos chuva, menos água e menos energia, pois o
Brasil depende de usinas que usam água para gerar eletricidade.
CAÇADORES DE ÁGUA NO CÉU
Uma dupla de pesquisadores decidiu investigar os rios
voadores. Estamos falando de Margi e Gérard Moss, que procuram essas nuvens a
bordo de um avião com computadores para medir a umidade do ar e mostrar para
onde o rio está indo. Com as viagens, eles provaram que os rios voadores
dependem das árvores da Amazônia para existir e garantir chuva a vários lugares
do país. O trabalho deles está no site: Rios Voadores
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/