quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Crotalária atrai uma espécie de libélula que é predadora natural do Aedes Egiptys

Às vezes, os poderes públicos locais nos surpreendem com atitudes sócio-ambientais interessantes. No interior de São Paulo, duas prefeituras estão adotando uma forma nova de combate ao mosquito transmissor da Dengue (Aedes Egiptys): o controle biológico do inseto através do cultivo da Crotalária Juncea. Esta planta é uma leguminosa, geralmente usada para adubação verde e controle de nematóides nos solos e que atrai as libélulas, insetos voadores que se alimentam das larvas e adultos do Aedes Egiptys. Com isso, pode-se ampliar o controle sobre a transmissão da Dengue, pelo controle do inseto transmissor.

Claro que o uso da Crotalária não dispensa os cuidados de cada morador com o seu ambiente doméstico e do governo local com os espaços públicos, mas é uma ajuda importante e ambientalmente adequada. E além disso, nos fornece a beleza das flores e das libélulas nos nossos jardins, vasos e quintais.

São inúmeros os municípios que tem adotado essa providência em seus territórios com o objetivo de combater naturalmente o mosquito da dengue a saber: Anápolis-MS, Pirassununga SP, Dourados MS, Araraquara SP, Rio Preto SP, São José do Rio Preto SP, Teresina PI, Vitória ES, ao todo são mais de 20 (vinte) municípios, portanto, se essa simples medida se mostrou eficaz em todos naquelas localidades, seria de muito bom que Londrina também adotasse de imediato essa providência simples e de baixo custo.
Onde plantar a Citronela e a Crotalária?

Na área urbana: jardins, praças, passeios, etc. Pode-se plantá-la consorciada com outras plantas. galinheiros, entre galpões etc. Na área residencial: em qualquer lugar, jardins, varandas, terraços, terreiros, desde que fique exposta ao sol. Com ação do sol, ela se desenvolve, exala substâncias, perfuma ambientes, repele insetos. Pode causar danos à saúde? Não, por ser um repelente ecológico. Não existem ocorrências de reações alérgicas. Contudo, deve-se evitar esfregar as folhas no corpo e em seguida se expor ao sol intenso. Face ao exposto, considerando o amplo aspecto natural de combate à dengue propiciado pelo plantio da Citronela (Cymbopogon winterianus) e da Crotalária Juncea, conclamamos à todos os membros deste Legislativo a aprovarem este Projeto de Lei, que não tem outra finalidade senão proteger a saúde da população, que ora se encontra extremamente vulnerável aos malefícios desta indesejável doença.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sustentabilidade: como lidar com os resíduos no ambiente de trabalho.

Icorporando a preocupação com o meio ambiente à gestão, sua empresa pode reduzir custos e até gerar renda com os resíduos.

Um bom início é a implantação de Coleta Seletiva. Com ela, você engaja seus funcionários e colaboradores, diminui seus impactos no meio ambiente e ainda pode ter lucro com o material coletado. Sua empresa se posiciona com uma imagem corporativa responsável e aumenta o reconhecimento no mercado.

Planeje:

  1. Calcule a quantidade de lixo diário (peso ou número de sacos);
  2. Quais os tipos de resíduos (papel, metal, plástico, vidro, orgânicos, perigosos, etc);
  3. Escolha o parceiro para coletar os resíduos (prefeitura, cooperativa, etc.). 
Implante:

  1. Divida as atividades e garanta a realização das tarefas;
  2. Organize grupos para a confecção de placas sinalizadoras, cartazes e instalação de equipamentos;
  3. Faça treinamento dos funcionários e elabore folhetos informativos sobre o assunto.
Mantenha:

  1. Acompanhe e gerencie a coleta, desde o armazenamento até a venda ou doação;
  2. Faça levantamento das quantidades coletadas e da receita gerada;
  3. Retorne sempre os objetivos em materiais de comunicação interna;
  4. Divulgue os resultados.

Você sabia que:

- Todo ano, o Brasil joga fora cerca de 8 bilhões de reais porque não recicla seu lixo urbano.
- 40% de todo lixo urbano é papel.
- 20 árvores podem ser poupadas se houver reciclagem de 1 tonelada de papel;

Fonte: Grevena, Portal Santander Sustentabilidade

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Buraco na camada de ozônio do Ártico é similar ao da Antártida

Grupo de cientistas afirma que buraco na camada de ozônio acima do Polo é  cinco vezes o tamanho da Alemanha.

Pela primeira vez cientistas registram um buraco gigante na camada de ozônio na atmosfera superior acima da região do Ártico, idêntico ao encontrado regularmente sobre a Antártida, no sul.

De acordo com os cientistas, ele foi detectado durante vários meses no começo do ano e seu tamanho era cinco vezes o tamanho da Alemanha. Afirmam que, a cerca de 20 quilômetros acima da superfície terrestre, 80% do ozônio tinha desparecido.

Informações publicadas em abril pela revista especializada Nature destacava a destruição da camada de ozônio no Ártico, mas esta é a primeira vez que são publicados dados analisados pelos cientistas.

A causa  maior é a ação humana, as analises revelam que foi uma época longa de clima frio naquela altitude, motivada por elementos químicos específicos produzidos pelo homem que proporcionaram o surgimento do buraco.

"O inverno na estratosfera ártica é muito variável, alguns são quentes, outros são frios", afirmou Michelle Santee, especialista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

"Mas, nas últimas décadas, os invernos que são frios estão ficando ainda mais frios."

Com base na pesquisa publicada na Nature, atualmente é impossível prever se estas perdas na camada protetora de ozônio vão ocorrer novamente naquela região.

A camada de ozônio tem como função impedir a passagem dos raios ultravioleta do sol, que são raios de efeitos nocivos à saúde, podendo provocar câncer e outras doenças.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sensores permitem acompanhar em tempo real a exploração do Aquífero Karst

A exploração do Aquífero Karst, importante manancial subterrrâneo do Paraná usado para o abastecimento público, pode ser acompanhada em tempo real, pela internet. Em abril deste ano, a Sanepar implantou sensores em poços instalados nos municípios de Almirante Tamandaré, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Colombo e Itaperuçu, situados na porção norte da região metropolitana de Curitiba. O sistema visa garantir a exploração sustentável do aquífero, evitando retiradas indevidas de água.

O acompanhamento on-line pode ser feito pelo site da Sanepar (www.sanepar.com.br), clicando em Monitoramento Karst. Depois é só escolher o município e acompanhar por poço.

Os sensores colocados dentro do poço monitoram o nível de água em cada compartimento, associado ao limite de segurança estabelecido, denominado Nível Dinâmico Máximo Permissível ou Nível Máximo de Segurança. Já os sensores externos medem a vazão, ou seja, o quanto de água está sendo retirado de cada poço.

As duas informações geradas pelos sensores são transmitidas, via telefonia móvel, para um banco de dados. No servidor, os dados são tratados, numérica e graficamente, transformados em planilhas e à disposição na internet. A atualização dos dados é feita a cada 60 minutos. A aquisição dos dados, transmissão das informações atualizadas e a elaboração dos gráficos são realizados pela empresa Pase Hidrometria, a serviço da Sanepar.

SUSTENTABILIDADE – A ferramenta permite à sociedade acompanhar a qualquer momento a retirada da água. É útil principalmente para as prefeituras, principais beneficiadas por esta exploração, e para o Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná), órgão ambiental responsável por fiscalizar se a Sanepar está operando dentro da outorga concedida.

O sistema garante a exploração sustentável do aquífero, pois é possível identificar imediatamente eventual exploração subterrânea do Karst por pessoas ou empresas não autorizadas. Também garante segurança na exploração em períodos de estiagem, uma vez que o aquífero apresenta comportamento sazonal.

A extração segura evita a superexploração, que pode provocar danos em superfície, “como o rebaixamento do solo; solapamento de estruturas e secamento de fontes”, afirma o geólogo João Horácio Pereira, gerente de Hidrogeologia da Sanepar.

O KARST –A extração de água do Karst pela Sanepar para o abastecimento público foi objeto de estudos hidrogeológicos e ambientais. Esses estudos concluíram que é possível fazer o aproveitamento sustentável do Aquífero Karst mediante o controle constante das vazões captadas e do rebaixamento do nível da água dentro dos poços de extração. Este controle é realizado de modo permanente pela Sanepar como garantia da extração de água dentro dos limites de segurança estabelecidos pelo ÁguasParaná nas outorgas de direito de uso de recursos hídricos.


Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vigília permanente pelas florestas mobiliza sociedade e internautas brasileiros

Explicar, durante três dias seguidos (20 a 22), quais são os impactos e prejuízos que o PLC 30/2011 (projeto de lei do novo Código Florestal), (tramitando no Senado Federal) pode causar é a mais recente iniciativa do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável.

Para isso, haverá transmissões ininterruptas de São Paulo e de Brasília pela internet  site florestafazadiferenca.org.br, twitter @florestafaz e facebook #florestafazadiferenca. A proposta é contar com âncoras para entrevistas, rodas de conversas e outras atividades, iniciando na terça, dia 20, às 10h e seguindo ao longo de todo o dia até às 21h.

No Dia da Árvore, quarta-feira (21), haverá a cobertura direta com a presença de comentaristas, ao vivo, a partir das 10h, da audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado Federal e do mutirão por assinaturas na Avenida Paulista, promovido pelo Comitê SP. 

No mesmo dia, às 16h30, na sede Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília, haverá um ato público com o lançamento do baixo-assinado em defesa das florestas e o plantio de uma árvore logo após a mesa de palestras sobre temáticas que envolvem sustentabilidade e o uso racional dos recursos naturais.

na quinta-feira (22), a proposta é realizar rodadas de avaliação e divulgar boas práticas, com a inserção de depoimentos de pessoas em diferentes estados. Na dinâmica geral, complementarão os âncoras, por vídeo e telefone, colaboradores, personalidades, pesquisadores, artistas e outrosantenados’.

Entre os objetivos da mobilização estão esclarecer e informar os internautas sobre o assunto, dar visibilidade às audiências e debates nas comissões no Senado e envolver a opinião pública gerando massa crítica para a construção de um bom Código Florestal.

Os temas que serão abordados durante essa vigília permanente abordam o contexto do Código Florestal, o que está em jogo, as perspectivas, produção de alimento, pequenos produtores, agronegócio, questões legais, aspectos científicos, mudança climática, fiscalização, impactos na área urbana, boas práticas etc.

Ação semelhante foi testada e muito bem aceita pelo público que acompanhou, no último dia 13, a audiência no audiência pública dos senadores das comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Meio Ambiente (CMA), de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA) com juristas para discutir o projeto de reforma do Código Florestal.

O Comitê Brasil foi criado por instituições não governamentais e diversos segmentos sociais cuja meta é recolher assinaturas a favor da proteção das florestas e de mudanças no substitutivo do Código Florestal. E você, assinou? Para aderir ao Manifesto assine a petição online no endereço http://florestafazadiferenca.org.br/assine/ ou  entre em contato pelo e-mail comiteflorestas@gmail.com.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Derretimento do Ártico é o 2º maior da história, afirma centro de pesquisa

A cobertura de gelo que flutua no Oceano Ártico é o segundo mais baixo já registrado desde que satélites iniciaram a medição desta região, em 1979.

As informações são do Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve, ligado à Universidade do Colorado-Bolder, nos Estados Unidos, e foram divulgadas nesta quinta-feira (15).

A confirmação ocorre após cientistas apontarem a data de 8 de setembro como o dia em que a plataforma de gelo marinho atingiu seu recorde mínimo neste ano, 4,33 milhões de quilômetros quadrados. Apesar do índice ter ficado abaixo ao de 2007, quando a região ficou com 4,27 milhões de quilômetros quadrados de gelo, existe uma preocupação quanto à redução, que está abaixo da média entre 1979 e 2000.

Aquecimento global – A maioria dos cientistas acredita que o encolhimento do gelo do Ártico está ligado ao aquecimento global, em razão do aumento das emissões de gases de efeito estufa produzidos pelo homem. “Se em um verão vemos a extensão do gelo diminuir em setembro, no ano seguinte essa situação pode ocorrer novamente”, disse Mark Serreze, diretor do NSIDC. “A cobertura do Ártico está tão fina em comparação com o derretimento de 30 anos atrás, que não se pode bater na placa”, complementa.

Serreze disse que em 2007, ano recorde do derretimento de gelo no polo Norte, houve condições meteorológicas que culminaram neste fenômeno. “É interessante que neste ano, não vimos tal padrão climático”, disse.
É possível que a quantidade de gelo nesta região diminua ainda mais em 2011, devido à mudança dos ventos no fim do verão. Essas informações só serão confirmadas em outubro, quando uma nova análise será emitida pelo centro de pesquisas, junto à comparação com o derretimento de anos anteriores.

Impacto ambiental x Interesse comercial – Períodos de insolação elevados durante o mês de julho já eram tidos pelos cientistas como prováveis causas para a redução do gelo no futuro. Há quem defenda que o gelo marítimo no Ártico possa desaparecer por completo daqui a 30 anos, com graves consequências para a Terra, apesar de abrir a oportunidade de exploração de petróleo na área desocupada pelo gelo.

A navegação foi possível pelas rotas Noroeste e Nordeste durante o ano de 2011 por conta da ausência de gelo – a última pode virar rota comercial já que permite a conexão entre os oceanos Pacífico e Atlântico. O degelo já havia deixado as passagens livres duas vezes desde 2008.


A temperatura no Ártico subiu duas vezes mais rápido que a média global nos últimos 50 anos. O ano de 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente da história, desde que institutos começaram a fazer medições. Ainda que a agência norte-americana ainda reconheça o ano de 2005 como recordista, as Nações Unidas atestaram o empate.

(Fonte: Globo Natureza)

Ford lança Terragochi - Novo aplicativo chama atenção para o Meio Ambiente

A Ford Brasil acaba de lançar o Terragochi, um aplicativo disponível na fan Page da Ford Brasil no facebook (www.facebok.com/fordbrasil). Inspirado no famoso bichinho virtual que fez sucesso na década de 90, o Terragochi dá dicas para a conservação do meio ambiente. Ao adicionar o Terragochi, permitindo que ele se conecte ao seu perfil no Facebook, o usuário passa a ser lembrado de preservar seu “planeta de estimação” a cada três dias, respondendo perguntas relacionadas ao meio ambiente. Conforme o usuário responde corretamente as questões, o Terragochi vai evoluindo e o planeta ficando mais preservado e feliz. Mas, se deixar de responder ou escolher a alternativa incorreta, o planeta vai ficando mais devastado, e então é preciso um cuidado especial para que ele se recupere e continue preservado.

A iniciativa faz parte das ações da 16ª edição do Prêmio Ford de Conservação Ambiental, que vai distribuir um total de R$ 100 mil aos melhores trabalhos de proteção da natureza e da biodiversidade realizados no Brasil, em sete categorias. As inscrições estão encerradas. Participam pessoas físicas, empresas, escolas, organizações não-governamentais e outras entidades. O regulamento e as orientações podem ser encontrados no site "http://www.premiofordambiental.com.br/.

Sobre o Prêmio Ford

Considerado um dos reconhecimentos mais importantes da área, o Prêmio Ford de Conservação Ambiental é promovido em várias partes do mundo. "Lançado no Brasil em 1996, ele tem contribuído para incentivar o trabalho de personalidades e entidades que se dedicam a promover a consciência ambiental e o uso sustentado dos recursos naturais do país, desenvolvendo iniciativas inovadoras e exemplares", completa Edmir Mesz, engenheiro ambiental responsável pelos programas de sustentabilidade da Ford no Brasil. A premiação é composta pelas categorias Conquista Individual, Negócios em Conservação, Ciência e Formação de Recursos Humanos, Meio Ambiente nas Escolas e Fornecedor. A novidade este ano é o desmembramento da categoria Distribuidor em duas: Automóveis e Caminhões.

Fonte: maxpressnet

sábado, 3 de setembro de 2011

Produção de energia eólica vai aumentar sete vezes até 2014, prevê EPE

A energia eólica entrou definitivamente na matriz energética brasileira e deve crescer sete vezes em volume nos próximos três anos, saindo dos atuais 1.114 megawatts (MW) para 7.098 MW em 2014. A informação foi divulgada no último de 31 pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante a abertura do encontro Brazil Windpower, que prosseguiu até sexta-feira (2), reunindo técnicos, agentes públicos e empresários do setor.

“O mundo todo está olhando para a questão da energia eólica no Brasil. Nós já temos um gigawatt (GW) instalado e vamos multiplicar por sete, que já estão contratados [em leilões] até 2014. É um crescimento bastante expressivo”, disse Tolmasquim.

O presidente da EPE apresentou números que mostram a força do setor no Brasil, principalmente a partir de 2005, ano que marca a escalada do crescimento da produção eólica e a diminuição no preço do MW, que caiu de R$ 300 na época para R$ 99,50 no último leilão este ano.

A expansão vem atraindo grandes empresas estrangeiras. Atualmente, quatro grupos dividem o mercado, mas a previsão é que mais seis indústrias se instalem e comecem a produzir aqui os equipamentos até 2014. Ainda assim, segundo Tolmasquim, o Brasil ocupa apenas o 21º lugar no ranking dos países produtores de energia eólica, que tem a China em primeiro, seguida pelos Estados Unidos, a Alemanha e Espanha.

 Para o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, o sucesso da energia dos ventos explica-se por vários fatores. “A tecnologia evoluiu. As torres hoje são muito mais elevadas, saindo de 50 metros de altura no passado para até 120 metros de altura atualmente. A capacidade unitária dos geradores também aumentou e provocou uma redução de custos. A economia de escala, pelo fato de haver demanda para a energia eólica, também favoreceu essa competitividade. O Brasil tem hoje vários fabricantes operando em seu território, além de outros que vão se instalar aqui para atender não só o nosso mercado, mas também os clientes do exterior”, disse.

O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, previu que o desenvolvimento do setor vai gerar um grande volume de investimentos nos próximos anos. Atualmente o país conta com 57 parques eólicos em produção e tem 30 em construção.

“Isto significa um investimento de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, e o setor eólico deve chegar em 2014 faturando mais de R$ 3 bilhões por ano. Estamos em um processo de consolidação dessa indústria, com aumento de escala e ganho de competitividade. É um ciclo virtuoso, de uma energia limpa, renovável e sem emissão de gás do efeito estufa”, disse Simões.

Segundo ele, há condições para o Brasil chegar nos próximos dez anos a 20 GW de produção de energia eólica. O volume equivale a uma vez e meia a capacidade total de produção da maior hidrelétrica do país, a Usina de Itaipu.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 31 de julho de 2011

A falta dos grandes predadores


Diminuição de animais no topo
da cadeia alimentar, por conta
da ação humana, tem efeitos
ecológicos drásticos, indica
estudo internacional publicado
na Science
 O acentuado declínio nas populações dos grandes predadores não é apenas uma notícia triste para quem admira animais como leões, tigres, lobos e tubarões. De acordo com estudo publicado na revista Science, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres.

Segundo James Estes, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade da Califórnia, e colegas, a diminuição é muito maior do que se estimava e afeta muitos outros processos ecológicos em um efeito que os cientistas chamam de cascata trófica, no qual a perda no topo da cadeia alimentar impacta enormemente muitas outras espécies de animais e de plantas.

Os autores do estudo afirmam que o resultado desse declínio é tão intenso que tem afetado os mais variados aspectos do ecossistema global, como o clima, a perda de hábitats, poluição, sequestro de carbono, espécies invasoras e até mesmo a propagação de doenças.

O estudo aponta que a perda desses grandes animais é a força motriz por trás da sexta extinção em massa na história do planeta. “Temos agora evidências extensivas de que os grandes predadores são altamente importantes na função da natureza, dos oceanos mais profundos às montanhas mais altas, dos trópicos ao Ártico”, disse William Ripple, da Universidade Estadual do Oregon, autor do estudo.

“De modo geral, o colapso dos ecossistemas atingiu um ponto em que isso não afeta apenas animais como lobos, o desflorestamento, o solo e a água. Esses predadores, em última análise, protegem os homens. Isso não é apenas algo sobre eles, mas sobre nós”, disse.

Entre os dados expostos no artigo está o efeito do declínio de lobos no Parque Nacional Yellowstone, nos Estados Unidos. Quando esses animais foram sendo removidos, a população de alces se alterou imediatamente. Mas também mudou o comportamento desse cervídeo, que passou a se alimentar de plantas em locais em que antes não ia porque podia ser atacado por um lobo.

Sem os lobos, pequenas árvores da família Salicaceae e gramíneas passaram a crescer menos, o que resultou na queda de alimentos para os castores, com resultante diminuição na população desses últimos. O resultado foi a cascata trófica. Com a reintrodução de lobos no parque, passou a ocorrer a recuperação do ecossistema, com as plantas voltando a crescer mais, assim como as populações de outros animais.

Outro destaque do estudo é a redução na população de grandes felinos no Utah, que levou ao aumento na população de cervídeos, à perda na vegetação, à alteração no fluxo de canais de água e ao declínio da biodiversidade.

Por muito tempo os grandes predadores foram vistos no topo da pirâmide trófica e sem terem grande influência nas espécies e na estrutura abaixo. Isso, segundo os autores do estudo, é uma compreensão fundamentalmente equivocada da ecologia.

Fonte: Agência FAPESP

Mudanças na alimentação poderiam evitar alguns dos cânceres mais comuns no país

A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE revelou que os brasileiros ingerem menos de um terço dos alimentos que podem prevenir o câncer. De acordo com os dados do estudo, a ingestão diária de frutas, verduras e legumes é de 126,4 g, quando o ideal recomendado para prevenir o câncer seria de no mínimo 400 g.

O Fundo Mundial para Pesquisa Contra o Câncer e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que se a população brasileira passasse a consumir diariamente esses 400 g, um em cada três casos de câncer de cavidade oral (boca, faringe e laringe) e de pulmão, assim como um em cada quatro casos de câncer de estômago poderiam ser evitados.

Conforme o nutricionista do Inca, Fábio Gomes, outra preocupação é o excesso no consumo de carne vermelha pelos brasileiros, que é de 523 g por semana.

“De acordo com as informações de consumo alimentar indivudual, 7% dos casos de câncer de cólon e reto poderiam ser evitados se a média de consumo fosse menor”, explica.

Estudos do Inca revelam ainda que as carnes (incluindo peixes e aves) salgadas e processadas (cujo consumo é de 100 g por semana) também precisam ser evitadas para prevenir o surgimento do câncer de estômago, reto e cólon, que estão entre os cinco mais incidentes na população.

A combinação de alimentação saudável e atividade física pode, segundo o relatório de políticas e ações para a prevenção do câncer no Brasil, prevenir 63% dos casos de câncer de boca, faringe e laringe, 60% dos tumores de esôfago e 52% dos casos no endométrio.

O alto teor calórico em alimentos como biscoitos e a ingestão em demasia de bebidas açucaradas, como refrigerantes e refrescos artificiais, estão diretamente ligados ao ganho de peso e propensão à obesidade, que, por sua vez aumentam o risco dos cânceres de esôfago (23%), pâncreas (18%), vesícula biliar (10%), cólon e reto (5%), mama (14%), endométrio (29%) e rim (13%).

Redução de gastos na saúde – Segundo o diretor-geral do INCA Luiz Antonio Santini, hábitos alimentares saudáveis somados à atividade física regular e peso corporal adequado poupariam, no mínimo, R$ 84.210.688 em gastos do SUS, no ano de 2010.

Estimativas do INCA indicam que só até o final de 2011, quase meio milhão de pessoas vão receber o diagnóstico de câncer no Brasil. Desse total, as mulheres estão no topo do ranking, com cerca de 253 mil casos (52%), contra os 236 mil casos estimados para os homens.

 (Fonte: Zero Hora/RS)

sábado, 16 de julho de 2011

Ciência sob encomenda baseou alterações no Código Florestal

A reforma do Código Florestal aprovada pela Câmara dos Deputados utilizou como inspiração e base científica apenas um estudo, com conclusões duvidosas e erradas e ainda não devidamente publicado. A afirmação foi feita pelo agrônomo Antonio Donato Nobre, em sua conferência Novas Geotecnologias no Ordenamento   Territorial, dada nesta sexta-feira, durante a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada durante esta semana em Goiânia e que acaba hoje. Ele se refere a um trabalho de 2008, de Evaristo de Miranda, pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, que afirma que apenas 29% das terras agricultáveis do Brasil estão disponíveis para as lavouras.

Para Nobre, o que Miranda fez foi ciência "a soldo, sob encomenda". Apesar disso e das inconsistências das conclusões dele, elas "foram avidamente apropriadas por poderosos interesses políticos e econômicos". "Na esteira dessa apropriação, e substanciado pelo julgamento de valor emitido pelo estudo, formou-se ampla frente política para alteração do Código Florestal", criticou Nobre, que é pesquisador dos institutos nacionais de pesquisas Espaciais (Inpe) e da Amazônia (Inpa). "O estudo, em essência, estimulou a percepção das forças políticas sobre uma [falsa] realidade de que não existiriam terras disponíveis para expansão da atividade agrícola."

Em suas críticas, ele não está falando por falar. Nobre se baseia num estudo próprio que realizou, intitulado Zonas ripárias e o código florestal - Usando Geotecnologias na definição de APPs, que deverá ser publicado em breve. Para isso ele mapeou 308.200 quilômetros quadrados, subdivididas em áreas menores nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. Nobre empregou nesse trabalho uma nova tecnologia chamada de hidrografia de alta resolução, que usa imagens de diferentes tipos de radares e modelagem matemática para produzir mapas em 3D. Depois, ele usou as determinações para as matas ciliares (ripárias) do código florestal vigente, do substitutivo do deputado Aldo Rebelo, aprovado na Câmara, e os dados de Miranda e comparou os três.

Os resultados mostraram, que se forem obedecidas as normas do atual código florestal, as matas ciliares protegidas ocupam apenas 6,87% das terras do Brasil. Pela proposta aprovada na Câmara, esse índice é de somente 4,72%, enquanto no estudo de Miranda chegam 21,26%. "APP (área de proteção permanente) ripária computada emulando método de Miranda é 309% super-estimada em relação à APP utilizando hidrografia em alta resolução", revelou. "Não se justifica portanto dizer que o código florestal vigente protege áreas ripárias demais. Se Miranda inflacionou as APPs ripárias desta forma, como confiar em seus outros números?"

As críticas de Nobre ao trabalho do pesquisador da Embrapa não param aí. De acordo com ele, o estudo de Miranda passou uma noção não-quantitativa [e também falsa] de que as APPs estariam genericamente tomadas por atividades agrícolas altamente produtivas. "Como até hoje a evolução do substitutivo Aldo Rebelo não contou com um aporte qualificado e sério de ciência, essas falsas premissas científicas ainda instruem o processo legislativo", disse.

Nobre fez mais que um estudo próprio. Ele realizou uma avaliação científica do estudo de Miranda semelhante àquela, feita por pares, a qual são submetidos todos os trabalhos científicos antes da sua publicação. Por esse critério, trata-se, segundo Nobre, "de um estudo pioneiro em abrangência, aparentemente extenso e complexo, mas com aspectos críticos da metodologia inexplicavelmente omitidos, o que tem dificultado ou impedido a reprodução independente das análises feitas".

Além disso, para Nobre, é um trabalho pretensamente científico, "mas que saiu diretamente do laboratório para a imprensa e para os círculos de lobby político". "Dois anos e meio anos depois de seu anúncio, o estudo ainda não foi publicado em revista científica com corpo editorial na sua área de concentração (geociências)", lembrou. "Apesar das graves limitações metodológicas, admitidas em parte no próprio estudo, as conclusões são apresentadas com julgamento de valor e engajamento ideológico, contrariando as melhores práticas científicas de neutralidade objetiva."

Para piorar a situação, Nobre diz que os parlamentares são impermeáveis às informações corretas e à boa ciência. "A SBPC e ABC (Academia Brasileira de Ciência) apresentaram uma revisão criteriosa de centenas de estudos científicos publicados, mas o Congresso ainda os ignora", reclamou. "Enquanto isso, o estudo de Miranda, esse tipo de factóide científico, gerado pela informação incompleta, inacurada e pelas generalizações temerárias feitas, foi amplamente utilizado para justificar várias alterações propostas no Código Florestal."

Por Evanildo da Silveira - Assessoria de Imprensa da SBPC
Fonte: (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Oceanos afetados pelo clima


Aquecimento promovido pelas mudanças
climáticas reduz a quantidade de carbono
absorvida pelos oceanos, aponta estudo

Os oceanos têm papel fundamental no cenário global de mudanças climáticas. São responsáveis por consumir cerca de um terço de todas as emissões de carbono promovidas pela ação humana, reduzindo o dióxido de carbono atmosférico que está associado ao aquecimento do planeta.

Mas por quanto tempo os oceanos continuarão a sequestrar o carbono antrópico nos níveis atuais é uma grande incógnita.

Estudos feitos chegaram a resultados conflitantes sobre em que níveis as alterações no clima afetam esse sequestro.

Uma nova pesquisa, cujos resultados foram publicados neste domingo na revista Nature Geoscience, fornece evidências observacionais para concluir que as mudanças climáticas estão afetando negativamente a absorção de carbono pelos oceanos.

“A conclusão é que os oceanos estão consumindo menos carbono justamente por causa do aquecimento promovido pelo próprio carbono na atmosfera”, disse Galen McKinley, da Universidade de Wisconsin-Madison, um dos autores do artigo.

O novo estudo difere de anteriores pela extensão de dados tanto em relação ao espaço como ao tempo. Os pesquisadores não se limitaram a determinadas áreas e extrapolaram os resultados para regiões maiores, mas utilizaram dados da maior parte do Atlântico Norte e do período de 1981 a 2009.

Com a grande amostragem, os cientistas identificaram um elevado grau de variações naturais que frequentemente mascara padrões de mudanças a longo prazo, o que pode explicar por que estudos anteriores apresentaram resultados contrários.

“Como os oceanos variam muito, precisamos de dados de pelo menos 25 anos para realmente identificar os efeitos do acúmulo de carbono na atmosfera. Essa é uma questão muito importante: o que é variação natural e o que é mudança climática”, disse McKinley.

Nas últimas três décadas, o aumento no dióxido de carbono atmosférico tem sido largamente equilibrado pelo aumento correspondente no dióxido de carbono dissolvido na água do mar.

Mas o novo estudo mostra que as temperaturas mais elevadas estão diminuindo a absorção de carbono em uma grande área no Atlântico Norte subtropical. A água mais quente não é capaz de manter tanto dióxido de carbono como a mais fria.

Os pesquisadores destacam a importância de se ampliar os dados para utilização em novos estudos e a expansão da análise para outros oceanos.

O artigo Convergence of atmospheric and North Atlantic carbon dioxide trends on multidecadal timescales (doi: 10.1038/ngeo1193), de Galen McKinley, pode ser lido por assinantes da Nature Geoscience em www.nature.com/ngeo.

Fonte: Agência Fapesp

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cientistas debatem no Senado o novo Código Florestal

Brasília - Pesquisadores de instituições como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participaram hoje (5) de debate no Senado sobre o projeto de lei do novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados. A reunião contou com a participação de senadores das comissões de Meio Ambiente e de Agricultura, onde o texto está em análise, antes de seguir para o plenário do Senado.

Para o professor Pedro Aleixo, da SBPC, os senadores “são responsáveis por encontrar um ponto de equilíbrio” na proposta analisada pelo Congresso. Acrescentou que chegou o momento de um acordo que não prejudique a expansão agrícola do país nem, tampouco, a preservação dos biomas brasileiros. “Não adianta para o país uma solução em que uma parte vai ganhar. Chegou a hora de um acordo”. Neste sentido, ele ressaltou que o trabalho da comunidade científica será sempre a busca desse ponto de equilíbrio nas discussões com os senadores.

O representante da Embrapa, Celso Manzato, disse que não há conflito entre a preservação das áreas de proteção permanente (APP) e a necessidade de crescimento da produção agrícola no país. Ele defende que a preservação das matas em propriedades privadas garante a manutenção de aquíferos, controla pragas e assegura o desenvolvimento sustentável da própria agricultura. “A preservação dessas áreas em terras que não tem potencial para o plantio contribui para a polinização das plantas e o controle de pragas, que é um problema que já nos preocupa e está em estudo”.

Para o pesquisador, a preservação das matas está diretamente ligada ao maciço investimento público para “reconfigurar o espaço produtivo do país”. Ele destacou que será necessário aplicar recursos em pesquisas que possam melhorar o potencial da pecuária intensiva, sem a necessidade de ampliação das áreas de pastagem, por exemplo.

Já o pesquisador da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Elíbio Rech Filho propôs aos senadores que seja montada uma “força-tarefa” com o objetivo de fornecer as informações necessárias aos senadores durante o processo de análise do novo código. Para ele, não faz sentido pensar em uma proposta que exclua dos debates as pessoas que vivem no campo, sejam agricultores de larga escala ou que dependem da terra para sobreviver. A lógica que deve nortear a discussão, segundo ele, é a que agrega crescimento econômico, inclusão social, preservação ambiental e desenvolvimento humano.

(Agencia Brasil:Marcos Chagas)

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Refúgios ameaçados

A diminuição das Áreas de Proteção Permanente (APPs) e de reserva legal no Brasil, proposta pelo projeto de reforma do Código Florestal aprovado em 25 de maio na Câmara dos Deputados, pode resultar na eliminação de pequenos fragmentos de mata ciliar e de propriedades rurais que são cruciais para a sobrevivência de animais como os anfíbios.
Isso porque essas espécies utilizam as áreas remanescentes de floresta como áreas de refúgio durante a estação seca e como corredores para se deslocar e buscar alimentos. O alerta foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ligados ao programa BIOTA-FAPESP, em carta publicada na edição de 27 de maio da revista Science.
Na carta, os pesquisadores chamam a atenção para o fato de que a existência de pequenos fragmentos da Floresta Estacional Semidecidual – a porção da Mata Atlântica que ocupa, no interior do país, áreas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná – é importante para a manutenção da diversidade de anfíbios, com base em resultados de uma pesquisa de doutorado realizada pelo biólogo Fernando Rodrigues da Silva no âmbito do Projeto Temático “Fauna e flora de fragmentos florestais remanescentes no noroeste paulista: base para estudos de conservação da biodiversidade”, apoiado pela FAPESP.
Em sua pesquisa, intitulada “A influência de fragmentos florestais na dinâmica de populações de anuros no noroeste do Estado de São Paulo”, realizada com Bolsa da FAPESP, Silva instalou poças artificiais em diferentes distâncias de seis fragmentos florestais da região noroeste paulistapara analisarinfluência da proximidade do fragmento florestal na diversidade de anfíbios presentes nas poças.
Com isso, o pesquisador constatou que os fragmentos de floresta com 70 a 100 hectares mantêm alta diversidade de anfíbios durante o período de reprodução das espécies, quando elas se agregam nos corpos d'água para reprodução.
“A diminuição das APPs e áreas de reserva legal, como pretende o projeto de reforma do Código Florestal, pode eliminar os fragmentos florestais e afetar a diversidade de espécies que ocorrem próximas a eles”, disse Silva à Agência FAPESP.
Segundo ele, não se imaginava que os fragmentos florestais fossem tão importantes para espécies consideradas de área aberta (que vivem fora da mata), como os anfíbios da região noroeste do estado. Porém, a pesquisa demonstrou que, mesmo que essas espécies se reproduzam em área aberta, em momentos específicos de seus ciclos de vida esses animais recorrem aos fragmentos florestais para se alimentar, procurar abrigo na estação seca e se deslocar.
Em função disso, a redução de áreas remanescentes de florestas pode promover o fenômeno da “separação do hábitat”, que é reconhecido como ameaçador especialmente para anuros (sapos, rãs e pererecas). O processo ocorre quando os ambientes que os animais usam para se alimentar e se reproduzir são desconectados, resultando em um ambiente mais hostil durante a migração e a dispersão.
“Se forem preservados os fragmentos florestais, também é possível preservar a diversidade de espécies de anfíbios no entorno deles”, afirmou Silva.
Essas áreas remanescentes de floresta atuam em vários serviços ecossistêmicos. Entre eles estão aumentar a quantidade de polinizadores para as lavouras, controlar as pragas e manter os regimes hidrológicos e a qualidade da água, que são críticos para a existência não de anfíbios, mas para muitas outras espécies, em geral.
Fonte: Agência FAPESP.
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