sexta-feira, 29 de junho de 2012

Preocupação do brasileiro com consumo de água aumenta, mas desperdício nas residências cresce em cinco anos

Pesquisa realizada pelo Ibope para WWF-Brasil revela que 48% da população consome água
com pouco controle, 30% demora mais de 10 minutos no banho e 29% dos domicílios no Nordeste enfrentam constante falta d’água.

O brasileiro desperdiça água, afirma conhecer formas de economizar o recurso, mas não as coloca em prática. A pesquisa - que faz parte do “Programa Água para a Vida”, uma parceria entre o WWF-Brasil e o HSBC – mostra que 68% dos entrevistados, em 26 estados do país, reconhecem o desperdício como a principal causa para o problema de abastecimento de água no futuro.

Quase metade (48%) da população admite gastar água em suas casas com pouco controle. Há cinco anos, essa parcela representava 37%. Nos dois períodos, os entrevistados apontaram que diminuir o tempo de banho é a melhor forma de reduzir o consumo. No entanto, 30% informaram demorar mais de 10 minutos embaixo do chuveiro em 2011, enquanto, em 2006, 18% despendiam o mesmo tempo para a atividade. Estima-se que em um banho de 10 minutos sejam gastos 100 litros de água. Fechar a torneira ao escovar dentes, consertar vazamentos e não lavar calçadas com mangueira foram os outros meios destacados pelos quais o desperdício pode ser evitado.

Outra questão revelada pelo estudo é o baixo conhecimento sobre o consumo de água no país. Para 81% da população, residências e indústrias são os grandes usuários e apenas 16% avaliam – corretamente – que a agricultura é a grande consumidora de água no Brasil.

A produção agrícola é responsável por 70% do uso do insumo e pelo maior gasto sem controle. Além disso, a indústria é vista como a maior poluidora (77%). Ainda é desconhecido, por exemplo, que a poluição das águas por uso doméstico, muitas vezes, supera a poluição industrial em grandes centros urbanos. “Esses dados demonstram que a percepção do problema se restringe ao ambiente onde vive a maioria da população do país: as grandes cidades. Não há uma visão integrada com a zona rural, onde estão as principais fontes do recurso, e do caminho que esta percorre até chegar às casas e apartamentos. O problema é visto da “torneira para frente” e poucos o reconhecem da “torneira para trás”, explicou Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil.

A pesquisa aponta ainda que 67% dos domicílios pesquisados no país enfrentam algum tipo de falta d’água. No Nordeste, já existe escassez constante do recurso em 29% dos domicílios. Apesar disso, o consumo médio de água diário, por habitante no país (185 l), é considerado mediano, próximo do da Comunidade Europeia (200 l), mas muito distante do de regiões secas como o semiárido brasileiro (abaixo de 100 l), e partes da África subsaariana (abaixo de 50 l).

O levantamento mostrou também que 87% das pessoas não conhecem a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão regulador do recurso, criado pelo governo federal em 2000, e o desmatamento foi apontado apenas por 1% dos entrevistados como uma das causas do agravamento do problema da água no país. “O tema de água doce, seus problemas e oportunidades ainda precisam ser melhor compreendidos pelo cidadão brasileiro. A urbanização crescente nas últimas décadas fez com que mais de 80% da população passasse a morar nas cidades. O descompasso entre o reconhecimento do problema e a tomada de atitudes precisa ser compreendida. A visão sobre a água é limitada, assim como a percepção dos seus problemas”, completa Maria Cecília.

A pesquisa, encomendada pelo WWF-Brasil ao Ibope, ouviu 2.002 pessoas em novembro de 2011 em 26 estados da federação.

Programa HSBC pela Água Uma parceria entre o Grupo HSBC, WWF, WaterAid e Earthwatch, o programa tem o objetivo de trabalhar com o fornecimento, proteção e educação sobre a água em cinco bacias de importância estratégica em nível mundial e onde vivem um bilhão de pessoas: a do Yangtze, na China; do Ganges, na Índia; do Mekong, que se expande por territórios da China, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã; do Leste Africano, nas bacias do Ruaha e Mara, dividido entre o Quênia e a Tanzânia; e o Pantanal, em terras brasileiras, resultando em um dos projetos ambientais mais inovadores realizado por uma organização financeira.

WWF-Brasil Organização não governamental brasileira que tem os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. Criada em 1996 e sediada em Brasília, a instituição desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, uma das maiores redes independentes de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Sala de imprensa CDN Comunicação

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Gelo combustível

China descobre depósitos de gelo na provincia de Qinghai que poderão ser usados como fonte de energia. Isso porque o gelo encontrado é hidreto de metano, uma mistura de água congelada com gás metano, que pode ser queimado. Fontes oficiais informaram que as reservas são suficientes para abastecer o país por até 90 anos. Os EUA também já tem projeto para explorar o gelo combustível, o que preocupa os ambientalistas é que um vazamento acidental de metano poderia acelerar o aquecimento global.
(Fonte: Superinteressante)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

IAP passa a divulgar dados diários sobre qualidade do ar

O Paraná passou a divulgar diariamente os dados sobre qualidade do ar, a partir de terça-feira (5), no site do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) - www.iap.pr.gov.br - no link “monitoramento ambiental”. Os índices são atualizados às 16h. O anúncio foi feito durante cerimônia da Semana Mundial de Meio Ambiente promovida pela Prefeitura de Curitiba.

Segundo o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, no ano passado o Estado já tinha inovado com a divulgação semanal dos dados, que antes era mensal. “O nosso objetivo é buscar a publicação cada vez mais eficiente, clara e precisa à população”.

O IAP conta com 12 estações de amostragem, das quais sete realizam as coletas de forma automática e no intervalo de leitura de segundos. As estações medem a quantidade de ozônio, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono, partículas totais em suspensão e partículas inaláveis.

Para o próximo ano, o instituto planeja ampliar a rede de monitoramento na grande Curitiba e em mais cinco cidades do interior do estado. Para isso, serão firmadas parceiras e convênios com empresas. Também entrará em vigor a inspeção e controle da qualidade do ar de veículos automotores, pelo Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV).

CURITIBA – A prefeitura assinou convênio de cooperação técnica inédito com o IAP e o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) – que auxilia na coletas de dados sobre poluição do ar. O convênio prevê repasse de recursos municipais para a administração da estação de monitoramento da qualidade do ar no bairro Santa Cândida. Além da participação de técnicos municipais para a interpretação dos dados juntamente com o IAP e a Lactec.

Segundo Omar Sabbag Filho, presidente do Lactec, o convênio é muito importante porque amplia a atividade da empresa na área ambiental. Para o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, a parceria mostra a preocupação com o meio ambiente, a saúde e qualidade de vida da população.

O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, lembrou que Curitiba tem emissão de gases poluentes e que, com o monitoramento, é possível manter boa qualidade do ar. “Temos em Curitiba e região metropolitana perto de 2 milhões de veículos, além daqueles que trafegam pelas estradas que cruzam os municípios e das atividades industriais”.

ANUAL - O IAP apresentou o Relatório Anual de Qualidade do Ar de Curitiba e Região Metropolitana. No documento estão detalhados os índices de poluentes no ar de cada localidade monitorada. O objetivo desse estudo é manter a população informada e servir como instrumento para o acompanhamento e avaliação da eficiência das medidas tomadas pelo governo. O trabalho de análise e monitoramento foi realizado pela Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais (Depam) do IAP e está disponível no www.iap.pr.gov.br

fonte: www.iap.pr.gov.br/

quarta-feira, 6 de junho de 2012

França quer proibir pesticida que está dizimando abelhas

Depois de pesquisas mostrarem que pesticidas com neonicotinóides estão ligados ao declínio de populações de abelhas, a França anunciou seus planos de proibir o Cruiser OSR, pesticida produzido pela Sygenta.

Estudos recentes, um deles francês, provaram que os neonicotinóides provavelmente danificam a capacidade de navegação das abelhas, potencialmente devastando colméias. O governo do país afirmou que dará à Sygenta duas semanas para que prove que o pesticida não está ligado ao declínio, conhecido como Desordem do Colapso de Colônias (CCD).
A decisão francesa foi tomada depois sua Agência Nacional para Alimentos, Segurança e Ambiente ter confirmado as descobertas de dois estudos recentes publicados na Science. Os dois afirmam que os pesticidas de neonicotinóides não são imediatamente letais, mas podem prejudicar colônias de abelhas com o tempo.

No estudo francês, pesquisadores colaram microchips em abelhas nas quais foram administradas pequenas doses de tiametoxam, um ingrediente primário do Cruiser OSR. As abelhas expostas ao pesticida tiveram uma probabilidae de duas a três vezes maior de não voltarem às colônias depois de vôos exploratórios, o que permitiu a cientistas fazerem a hipótese de que elas perdem sua capacidade de navegação.

Já que os pesticidas de neonicotinóide trabalham impactando o sistema nervoso central de insetos, eles vem sendo há tempos alvo de pesquisadores que tentam entender a Desordem do Colapso de Colônias, mas a dificuldade tem sido provar que eles prejudicam as colônias, mesmo que não matem as abelhas imediatamente.

A Sygenta desmente que seu produto tenha qualquer papel na história, mas o governo francês discorda e diz que pretende propor a proibição e seu uso em toda a União Européia, informa o Mongabay.

Fonte: planetasustentavel.abril.com.br
José Eduardo Mendonça
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