quarta-feira, 6 de junho de 2012

França quer proibir pesticida que está dizimando abelhas

Depois de pesquisas mostrarem que pesticidas com neonicotinóides estão ligados ao declínio de populações de abelhas, a França anunciou seus planos de proibir o Cruiser OSR, pesticida produzido pela Sygenta.

Estudos recentes, um deles francês, provaram que os neonicotinóides provavelmente danificam a capacidade de navegação das abelhas, potencialmente devastando colméias. O governo do país afirmou que dará à Sygenta duas semanas para que prove que o pesticida não está ligado ao declínio, conhecido como Desordem do Colapso de Colônias (CCD).
A decisão francesa foi tomada depois sua Agência Nacional para Alimentos, Segurança e Ambiente ter confirmado as descobertas de dois estudos recentes publicados na Science. Os dois afirmam que os pesticidas de neonicotinóides não são imediatamente letais, mas podem prejudicar colônias de abelhas com o tempo.

No estudo francês, pesquisadores colaram microchips em abelhas nas quais foram administradas pequenas doses de tiametoxam, um ingrediente primário do Cruiser OSR. As abelhas expostas ao pesticida tiveram uma probabilidae de duas a três vezes maior de não voltarem às colônias depois de vôos exploratórios, o que permitiu a cientistas fazerem a hipótese de que elas perdem sua capacidade de navegação.

Já que os pesticidas de neonicotinóide trabalham impactando o sistema nervoso central de insetos, eles vem sendo há tempos alvo de pesquisadores que tentam entender a Desordem do Colapso de Colônias, mas a dificuldade tem sido provar que eles prejudicam as colônias, mesmo que não matem as abelhas imediatamente.

A Sygenta desmente que seu produto tenha qualquer papel na história, mas o governo francês discorda e diz que pretende propor a proibição e seu uso em toda a União Européia, informa o Mongabay.

Fonte: planetasustentavel.abril.com.br
José Eduardo Mendonça

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