segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Verão sem chuvas será mais frequente nos próximos anos

A razão é o aumento da temperatura em todo o globo terrestre, o que tende a potencializar a intensidade dos eventos climáticos no futuro. "Os extremos climáticos se tornarão muito mais frequentes daqui para frente", afirmou Gilvan Sampaio, pesquisador do INPE.

DivulgaçãoO especialista participou na semana passada de um evento organizado pela Coppe/UFRJ sobre o impacto dos extremos climáticos para o setor elétrico. Como o sistema elétrico brasileiro é predominantemente hidroelétrico, o pesquisador chamou atenção para a importância de o setor estar preparado para lidar com as mudanças climáticas. "Como o setor vai conviver com maior variabilidade climática? Os extremos climáticos serão mais frequentes. Quando chove, chove com maior intensidade. O período seco será mais prolongado e intenso. Essas questões precisam ser incorporadas na operação das hidrelétricas brasileiras", afirmou.

O aumento das temperaturas tem colocado em xeque uma máxima conhecida entre os especialistas em meteorologia, de que no Brasil o verão é chuvoso e o inverno, seco. Em 2014, tem ocorrido o oposto, com o verão extremamente seco. A causa é um bloqueio atmosférico formado por uma massa de ar quente e seca, que tem impedido o avanço das frentes frias causadoras das chuvas.

Sampaio explicou que, normalmente, esse sistema de alta pressão se forma no meio do oceano Atlântico. Porém, essa massa se posicionou mais próxima ao continente desta vez. Além de impedir as chuvas, o sistema de alta pressão se caracteriza por temperaturas elevadas, como pode ser observado nos sucessivos recordes de temperaturas registrados nas principais cidades brasileiras nas últimas semanas, o que tem impulsionado o uso de ar-condicionado.

A ocorrência desse fenômeno gera o aumento da temperatura dos oceanos, intensificando o processo de evaporação. Com isso, nuvens mais profundas são formadas e, uma vez "furado" o bloqueio atmosférico, chuvas mais intensas ocorrem. No fim de semana passado, uma frente fria conseguiu superar a massa de ar quente e seca, ocasionando chuvas no Sul e no Sudeste. Em alguns municípios no interior de São Paulo, as chuvas foram tão fortes que pontos de alagamentos foram registrados, obrigando famílias a deixarem as suas casas.

O especialista afirmou que a massa de ar quente e seca voltará a ganhar força nas duas próximas semanas, elevando novamente as temperaturas. "A expectativa é que, em março, o bloqueio atmosférico se dissipe. Mas aí só estará restando um mês de chuvas", afirmou. A falta de chuvas, aliada ao consumo elevado de energia, contribuiu para reduzir significativamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior e mais importante do País, operam com 35,5% da capacidade, menor nível desde 2001.

O pesquisador do Inpe disse que os modelos meteorológicos mostram uma mudança no comportamento das chuvas. Em termos de volume, não há nenhuma alteração significativa, exceto no possível aumento das precipitações na região Sul (especialmente no Rio de Grande do Sul). Contudo, o que se projeta são chuvas cada vez mais intensas e concentradas, com longos períodos sem chuvas e temperaturas mais altas. "Episódios o como do Espírito Santo no fim do ano passado ou de Petrópolis há dois anos se tornarão cada vez mais comuns", comentou.

Sampaio afirmou que, com o aumento de temperatura, em regiões do País com alta disponibilidade hídrica, as chuvas tendem a ser cada vez mais fortes, tendo em vista a intensificação do processo de evaporação. Em regiões com menor disponibilidade hídrica, o movimento é o inverso e a tendência é de as secas se tornarem cada vez mais severas. "Além disso, observa-se que a frequência de dias e noites mais frias está diminuindo, enquanto está aumentando a frequência de dias e noites mais quentes", explicou.

O aumento de temperatura também favorece a formação de bloqueios atmosféricos, como o observado atualmente. "A frequência de bloqueios como o atual pode aumentar, mas não sabemos qual o período de recorrência. Em vez de ocorrer, por exemplo, a cada 40 anos, isso pode ocorrer a cada 30 anos, 20 anos ou 10 anos. Não sabemos exatamente", argumentou o pesquisador do Inpe.

Sobre a situação atual, Sampaio afirmou que os dados meteorológicos não apontam para a formação da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul, caracterizada por chuvas intensas e constantes. "Apostar que em março irá chover em nível suficiente para compensar a falta de chuvas em janeiro e em fevereiro é bastante arriscado. Não há nenhuma indicação de que está sendo formada essa zona de convergência, que faria chover por seis ou sete dias seguidos", afirmou.
Fonte: Bonde

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Morte de filhotes de pinguins

As mudanças climáticas intensificam o clima extremo e os bebês pinguins estão pagando o preço com suas vidas, advertiram dois estudos de longo prazo, publicados no final de janeiro/14.
Segundo um dos artigos, publicado no jornal PLOS ONE, chuvas torrenciais e calor incomum mataram grandes números de indivíduos jovens de pinguins de Magalhães no extremo da América do Sul.
“Este é o primeiro estudo de longo prazo a mostrar as mudanças climáticas tendo um grande impacto na sobrevivência de filhotes e no sucesso reprodutivo”, afirmou o principal autor do estudo, Dee Boersma, professor de biologia da Universidade de Washington.
Ao longo de 27 anos, uma média de 65% de filhotes morreram anualmente, segundo o estudo.
Cerca de 40% morreram de fome e as mudanças climáticas foram responsabilizadas por matar uma média de 7% de filhotes por ano.
No entanto, as mudanças climáticas mataram 43% e 50% de todos os novos filhotes em dois anos de clima extremo.
As avezinhas eram particularmente suscetíveis aos 9 e aos 23 dias de idade e grandes demais para ser protegidas pelos pais, mas jovens demais para desenvolver plumagem à prova d’água.
“Nós vamos ter anos em que quase nenhum filhote vai sobreviver se as mudanças climáticas causarem tempestades maiores e mais frequentes nas fases vulneráveis do acasalamento, como preveem os climatologistas”, afirmou o co-autor Ginger Rebstock.
O estudo foi feito em Punta Tombo, Argentina, na maior área de acasalamento dos pinguins de Magalhães.
O outro estudo publicado na PLOS ONE se concentrou nos pinguins-de-Adélia, na Antártica.
Estes pinguins foram rastreados durante 13 anos para ver como a ruptura de icebergs gigantes impactaria sua sobrevivência.
Em 2001, dois icebergs maciços invadiram a área de alimentação dos pinguins, no Mar de Ross.
Os icebergs interromperam “dramaticamente” o acesso dos pinguins às suas presas, mas muitos ainda conseguiram criar seus filhotes, contou a principal pesquisadora, Amelie Lescroel, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês.
Contudo, acrescentou, se eventos extremos como este ocorrer com mais frequência, “ficará muito difícil prever como as populações de pinguins vão suportar as futuras mudanças no gelo marinho”, concluiu. 
(Fonte: UOL)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Publicitários brasilerios criam vídeo impactante

Vídeo mostra o acumulo de CO2 gerado por automóveis, versão para linkar está disponível somente em inglês, mas as imagens são suficientes para passar a  mensagem, vale a pena conferir.



Versão em português (mas sem opção para link) disponível em http://3segundos.org/
J O G O S
Excell Jogo