quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Produtores resgatam adubo verde
Os produtores fizeram uma viagem ao passado e resgataram a prática da utilização de adubos verdes que tem mais de 2 mil anos e foi muito utilizada pelos gregos, chineses e romanos. O resultado é terra fértil e pronta para a produção de alimentos de forma sustentável e sem prejudicar o solo.
A técnica se baseia no plantio de espécies que fixam o nitrogênio, preparando o terreno com nutrientes para outras culturas. Para o pesquisador da Embrapa Agrobiologia, José Guilherme Guerra, a adubação verde tem caráter multifuncional que melhora as condições químicas, físicas e biológicas do solo. "É bem diferente de usar um adubo químico que apenas induz o ganho de produção".
Em 2007, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou o Programa Bancos Comunitários de Sementes de Adubos Verdes, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A iniciativa já alcançou 16 estados e o Distrito Federal. Além da participação de pesquisadores da Embrapa,o programa conta ainda com o apoio de 200 profissionais da assistência técnica, extensão rural e órgãos de pesquisa que compõem as Comissões Estaduais da Produção Orgânica nas Unidades da Federação (CPOrgs).
É simples participar, os pesquisadores capacitam os extensionistas que repassam o conhecimento aos agricultores. Eles também acompanham de perto o plantio, uso de adubos verdes, a produção de sementes e a formação dos bancos comunitários. José Guilherme explica que a unidade da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica (RJ) atua com unidade propagadora da ideia.
Em 3 anos foram beneficiados 3.400 agricultores em todo o Brasil, distribuídas 48 toneladas de sementes e implantados 300 bancos comunitários de sementes de espécies utilizadas como adubos verdes. A expectativa do Mapa é manter o programa até 2015. Os interessados em participar devem entrar em contato com a coordenação do programa de sua unidade da Federação.
Além do Rio de Janeiro e Minas Gerais, o programa ganha importância no Acre, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Na Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Tocantins os bancos ainda estão sendo consolidados.
Os grupos de agricultores interessados em participar do programa entram em contato com a CPOrg, onde a adesão é avaliada e planejada. A partir de então, começa o curso de capacitação com a distribuição de cartilhas sobre adubação verde das sementes que serão utilizadas no primeiro plantio.
Os agricultores ou entidades representantes assinam um termo com o compromisso de produzir, pelo menos, a mesma quantidade de sementes que receberam para a formação dos bancos familiares ou comunitários. "A ação é fundamental para a agricultura familiar porque viabiliza a técnica, fornece a matéria-prima e proporciona aumento na produção de forma sustentável".
Na fase inicial do programa, os agricultores receberam sementes de Crotalária juncea, feijão guandu e mucuna preta, tipos de leguminosas mais populares, com maior capacidade de adaptação a diferentes condições de solo e clima. A demanda regional possibilitou a inclusão de outras espécies. O programa inclui 12 espécies de adubos verdes e ampliará ainda mais essa diversidade a partir da safra 2010/2011.
(Fonte: Gazeta Digital)
domingo, 26 de dezembro de 2010
Conselhos...
algumas palavras com verdades incontestáveis
1. Dê as pessoas mais do que elas esperam e faça-o alegremente.
2. Memorize seu poema predileto.
3. Não acredite em tudo o que você ouça, gaste tudo o que tiver, e durma quanto quiser.
4. Quando dizer "Te amo", diga com sinceridade.
5. Quando dizer "Desculpe", olhe a pessoa no olho.
6. Namore pelo menos um ano antes de casar.
7. Acredite em amor a primeira vista.
8. Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
9. Ame profundamente e apaixonadamente. Você pode se machucar, mas é o único jeito de viver a vida completamente.
10. Ao entrar em desacordos, lute justamente.
11. Não julgue as pessoas pelos seus parentes ou amigos.
12. Fale devagar, mas pense rápido.
13. Quando alguém perguntar uma questão que você não quer responder, sorria e diga "Porque você quer saber?"
14. Lembre que um grande amor ou grande recompensas envolvem grandes riscos.
15. Ligue para sua mãe regularmente.
16. Diga "saúde" sempre que alguém espirrar.
17. Quando você perder, não perca a lição.
18. Lembre-se de ter respeito por si mesmo, respeito pelos outros e responsabilidade pelo seus atos.
19. Não deixe uma pequena disputa prejudicar uma grande amizade.
20. Quando você perceber que cometeu um erro, faça o necessário para corrigí-lo imediatamente.
21. Sorria quando pegar o telefone. A pessoa irá perceber na sua voz.
22. Case com alguém que você adora conversar. Quando você ficar velho, essas habilidades serão mais importante quanto qualquer outra.
23. Passe algum tempo sozinho.
24. Permita-se. Mude. Faça sempre algo diferente. Reinvente-se.
25. Lembre-se que as vezes o silêncio é a melhor resposta.
26. Leia mais livros e veja menos TV.
27. Viva uma vida boa e honrada. Quando você envelhecer, você olhará para tráz e irá aproveitá-la uma segunda vez.
28. Faça valer a pena tudo o que você fizer.
29. Uma atmosfera equilibrada em sua casa é importante. Faça o possível para criar uma casa tranquila e harmoniosa.
30. Em desacordos com pessoas amadas, lide com a situação atual. Não relembre o passado.
31. Entenda as entrelinhas.
32. Compartilhe seu conhecimento. É a única maneira de se tornar imortal.
33. Seja gentil com seu planeta.
34. Reze (de sua maneira). Existe um enorme poder nisso.
35. Nunca interrompa quando estiver sendo elogiado.
36. Cuide dos seus negócios e da sua vida, não a dos outros.
37. Nunca acredite em uma pessoa que não fecha os olhos quando beija.
38. Todo ano, vá a algum lugar que você nunca foi antes.
39. Se você fazer ou tiver muito dinheiro, separe algo para ajudar outros enquanto você estiver vivo. Exite algo gratificante nisso.
40. Lembre-se que não conseguir o que você quer, às vezes é um golpe de sorte.
41. Aprenda as regras, e depois quebre algumas.
42. Lembre-se que a melhor relação acontece quando o amor que você sente pela outra pessoa é maior que a necessidade de tê-la por perto.
43. Julgue seu sucesso pelo que você teve que desistir para conseguí-lo.
44. Lembre-se que seu caráter é seu destino.
45. Muitas pessoas irão entrar e sair da sua vida, mas apenas amigos verdadeiros deixarão marcas no seu coração.
3. Não acredite em tudo o que você ouça, gaste tudo o que tiver, e durma quanto quiser.
4. Quando dizer "Te amo", diga com sinceridade.
5. Quando dizer "Desculpe", olhe a pessoa no olho.
6. Namore pelo menos um ano antes de casar.
7. Acredite em amor a primeira vista.
8. Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
9. Ame profundamente e apaixonadamente. Você pode se machucar, mas é o único jeito de viver a vida completamente.
10. Ao entrar em desacordos, lute justamente.
11. Não julgue as pessoas pelos seus parentes ou amigos.
12. Fale devagar, mas pense rápido.
13. Quando alguém perguntar uma questão que você não quer responder, sorria e diga "Porque você quer saber?"
14. Lembre que um grande amor ou grande recompensas envolvem grandes riscos.
15. Ligue para sua mãe regularmente.
16. Diga "saúde" sempre que alguém espirrar.
17. Quando você perder, não perca a lição.
18. Lembre-se de ter respeito por si mesmo, respeito pelos outros e responsabilidade pelo seus atos.
19. Não deixe uma pequena disputa prejudicar uma grande amizade.
20. Quando você perceber que cometeu um erro, faça o necessário para corrigí-lo imediatamente.
21. Sorria quando pegar o telefone. A pessoa irá perceber na sua voz.
22. Case com alguém que você adora conversar. Quando você ficar velho, essas habilidades serão mais importante quanto qualquer outra.
23. Passe algum tempo sozinho.
24. Permita-se. Mude. Faça sempre algo diferente. Reinvente-se.
25. Lembre-se que as vezes o silêncio é a melhor resposta.
26. Leia mais livros e veja menos TV.
27. Viva uma vida boa e honrada. Quando você envelhecer, você olhará para tráz e irá aproveitá-la uma segunda vez.
28. Faça valer a pena tudo o que você fizer.
29. Uma atmosfera equilibrada em sua casa é importante. Faça o possível para criar uma casa tranquila e harmoniosa.
30. Em desacordos com pessoas amadas, lide com a situação atual. Não relembre o passado.
31. Entenda as entrelinhas.
32. Compartilhe seu conhecimento. É a única maneira de se tornar imortal.
33. Seja gentil com seu planeta.
34. Reze (de sua maneira). Existe um enorme poder nisso.
35. Nunca interrompa quando estiver sendo elogiado.
36. Cuide dos seus negócios e da sua vida, não a dos outros.
37. Nunca acredite em uma pessoa que não fecha os olhos quando beija.
38. Todo ano, vá a algum lugar que você nunca foi antes.
39. Se você fazer ou tiver muito dinheiro, separe algo para ajudar outros enquanto você estiver vivo. Exite algo gratificante nisso.
40. Lembre-se que não conseguir o que você quer, às vezes é um golpe de sorte.
41. Aprenda as regras, e depois quebre algumas.
42. Lembre-se que a melhor relação acontece quando o amor que você sente pela outra pessoa é maior que a necessidade de tê-la por perto.
43. Julgue seu sucesso pelo que você teve que desistir para conseguí-lo.
44. Lembre-se que seu caráter é seu destino.
45. Muitas pessoas irão entrar e sair da sua vida, mas apenas amigos verdadeiros deixarão marcas no seu coração.
46. Se alguém o trai uma vez, é culpa da pessoa. Se o trai duas vezes, é sua culpa.
47. Grandes mentes discutem idéias, mentes medíocres discutem eventos e mentes pequenas discutem pessoas.
48. Aprenda com os erros dos outros. Você pode não viver o bastante para errar tanto.
48. Aprenda com os erros dos outros. Você pode não viver o bastante para errar tanto.
49. A língua não pesa quase nada, mas algumas pessoas não conseguem segurá-la.
50. A verdadeira lição de uma aula é como você pode tratar uma pessoa que possivelmente não te fará nenhum bem.
51. Família, carinho e amor não tem etnia, idade, religião, cultura, crenças, perfil socio-econômico ou barreira geográfica.
52. Não importa quão difícil seja quebrar um coração, é melhor amar e ter perdido do que nunca ter amado.
53. Se você perseguir felicidades, ela irá te iludir. Se você se focar na sua família, na necessidade dos outros, seu trabalho, conhecer novas pessoas e fazer sempre o melhor que puder, a felicidade irá te encontrar.
54. Acredite em milagres.
55. Quando alguém falar alguma coisa de você, agradeça a pessoa, sabendo que o comentário é meramente uma auto-projeção da pessoa.
56. Uma companhia silenciosa pode ser mais confortante que conselhos.
57. Quando uma porta fecha, outra abre. Seja sempre grato pela porta que fechou, e olhe para frente para a que está abrindo.
58. Quanto maior for o sentimento de culpa de uma pessoa, maior é sua necessidade de acusar outros.
59. Carpe Diem (aproveite o dia!)!
60. Você pode fazer o dia de uma pessoa mais feliz simplesmente enviando um e-mail, SMS ou um cartão.
61. Menos é mais.
62. Ajudar alguém sem contar a ninguém, é realmente ajudar.
63. Para se animar, anime outra pessoa.
64. Quando você acena para pessoas no interior, elas param o que estão fazendo e te acenam de volta.
65. Você pode dizer muito sobre uma pessoa pelo jeito que ela lida com três situações: dias chuvosos, perde a bagagem e desenrosca luzinhas de Natal.
66. Sempre que uma decisão é baseada no amor, é a decisão certa.
67. Reinvente a relação com seus pais, você irá sentir uma falta imensa deles quando eles morrerem.
68. Existe sempre alguma coisa nova para aprender.
69. Amar é nossa razão para viver.
70. Busque objetivos atingíveis.
71. Mantenha um sorriso genuíno.
72. Compartilhe com outros.
73. Mantenha um espírito jovem.
74. Crie boas relações com ricos, pobres, belos e feios.
75. Mantenha a calma sob pressão.
76. Tenha auto-confiança em si mesmo.
77. Entenda que dinheiro não é tudo.
78. A vida não é justa, acostume-se.
79. Televisão não é vida real. Na vida real as pessoas saem do café e vão para seus trabalhos.
80. Seja legal com nerds, a chance de você terminar trabalhando para um deles é grande.
domingo, 19 de dezembro de 2010
CO2 ainda em alta
Mesmo com o mundo em meio a uma importante crise econômica e financeira, as emissões de dióxido de carbono (CO2), principal personagem do aquecimento global, não caíram como se esperava. A conclusão está em um estudo feito por um grupo de pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e França e publicado no dia 21/11/10 como carta ao editor na revista Nature Geoscience. O texto é uma atualização anual do Global Carbon Project e destaca que as emissões de CO2 não dão sinais de que estejam caindo globalmente e poderão atingir um nível recorde em 2010. Os autores concluíram que as emissões de dióxido de carbono em 2009 foram apenas 1,3% menores do que as do ano anterior, mesmo com a crise. A queda é menos da metade do que se estimava há um ano. A crise financeira afetou diversos países, levando a reduções na emissão de CO2. No Reino Unido, por exemplo, a queda foi de 8,6% em 2009 com relação ao ano anterior.
Quedas semelhantes ocorreram na maioria dos países industrializados. Entretanto, diversas economias emergentes tiveram crescimento elevado, mesmo com a crise. Isso se refletiu no aumento das emissões do gás. Na China, houve uma elevação de 8%, e na Índia de 6,2%. “A queda nas emissões de CO2 em 2009 foi de menos da metade do que o antecipado há um ano. Isso ocorreu porque a queda no produto interno bruto (PIB) mundial foi menor que o previsto e a intensidade de carbono com relação ao PIB mundial – a quantidade de CO2 liberada por unidade de PIB – melhorou apenas 0,7% em 2009, muito menos do que a média de longo prazo de 1,7% ao ano”, disse Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, principal autor do estudo. A pesquisa aponta que, se o crescimento econômico continuar como previsto, as emissões globais de combustíveis fósseis aumentarão em mais de 3% em 2010, aproximando-se das elevadas taxas observadas entre 2000 e 2008.
O texto Update on CO2 emissions, de Pierre Friedlingstein e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com/naturegeoscience.
(Fonte: Agência FAPESP)
Nuvens aumentarão o aquecimento
Uma das grandes incertezas a respeito das mudanças climáticas globais está nas nuvens. Como elas reagirão ao aquecimento do planeta – e com que consequências – é algo que tem intrigado os cientistas.
De um lado, estudos apontam que o aquecimento irá alterar as nuvens de forma a contrabalançar os efeitos dos gases estufa. De outro, pesquisas indicam que as mudanças nas nuvens aumentarão o aquecimento.
Um novo trabalho, publicado nesta sexta-feira (10) na revista Science, reforça o lado negativo. Segundo o estudo, em escala global as nuvens, atualmente, influenciam o clima de tal modo que resulta na diminuição da temperatura na superfície do planeta. Mas elas perderão parte dessa capacidade de resfriamento. Justamente por culpa dos gases estufa.
Andrew Dessler, da Texas A&M University, nos Estados Unidos, analisou dados colhidos nos últimos dez anos por satélites dos padrões climáticos recorrentes El Niño (que causa aquecimento) e La Niña (que causa resfriamento).
As consequências dos fenômenos – mais calor ou mais frio – foram usadas para simular tendências na temperatura. Em um mundo mais quente, as nuvens mais elevadas – que tendem a segurar o calor proveniente da luz solar, que sem elas escaparia para o espaço – podem se tornar mais espessas ou se expandir em maiores áreas de cobertura. Essa resposta positiva das nuvens levaria a um aquecimento ainda maior.
Ou, então, os gases estufa poderiam engrossar e expandir as nuvens mais baixas, refletindo mais energia solar ao espaço e esfriando o planeta. Essa seria o que os cientistas chamam de resposta negativa.
A princípio, os cientistas poderiam estimar qual resposta seria prevalente em um cenário de aquecimento ao comparar a temperatura superficial com a quantidade de energia devolvida ao espaço. O problema é que registros disponíveis de tais perdas de radiação são insuficientes para revelar o que ocorreu no último século.
Dressler usou apenas dez anos de dados de satélite, que são considerados os melhores dados existentes. E removeu dos resultados as respostas devidas a outros fatores, como alterações no vapor de água.
O resultado geral do estudo apontou uma resposta positiva, isto é, de aquecimento. Ao avaliar os oito principais modelos climáticos globais, o cientista também encontrou uma resposta positiva.
Segundo Qiang Fu, da Universidade de Washington, o estudo é importante por confirmar modelos climáticos de aquecimento. “Os resultados não mostram qualquer evidência de uma grande resposta negativa das nuvens”, disse.
Mas Dressler reforça que os resultados podem ser aplicados para uma estimativa de curto prazo e que novos estudos são necessários para previsões de maior extensão.
O artigo A Determination of the Cloud Feedback from Climate Variations over the Past Decade (10.1126/science.1192546), de Andrew Dessler, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
(Fonte: Agência FAPESP)
Esperança para o urso polar
Um dos maiores símbolos das consequências do aquecimento global, o urso polar pode não estar com seus dias contados. Incluído nas listas das espécies ameaçadas de extinção, por conta do declínio constante de seu hábitat gelado devido às mudanças climáticas, o animal poderá ser salvo, caso haja queda na emissão de gases que provocam o efeito estufa.
A conclusão é de um estudo feito nos Estados Unidos e que está na capa da edição desta quinta-feira (16/12) da revista Nature. Segundo a análise, se o homem reduzir as emissões de gases estufa significativamente nas próximas duas décadas, gelo suficiente permanecerá intacto no Ártico entre o fim do verão e início do outuno para garantir a permanência do urso polar.
Alguns dos cientistas envolvidos no atual estudo participaram da previsão feita há três anos a respeito da extinção da espécie. “O que projetamos em 2007 teve como base o cenário de emissões de gases de então e não consideramos a possibilidade de mitigação nas emissões”, disse Steven Amstrup, pesquisador emérito do U.S. Geological Survey e um dos autores do artigo.
Na época, a análise havia projetado que apenas um terço dos cerca de 22 mil ursos polares sobreviveriam na metade deste século se o dramático declínio no gelo ártico continuasse e que eventualmente eles poderiam desaparecer por completo. No ano seguinte, a espécie foi incluída na lista das ameaçadas de extinção.
O novo estudo tem como base um modelo proposto por Cecilia Bitz, professora da Universidade de Washington, segundo o qual não há um ponto limite que resultaria em uma perda de gelo marinho no verão, promovido pelo aquecimento do planeta, que possa ser considerado impossível de ser revertido.
“Nossa pesquisa resulta em uma mensagem muito promissora e de esperança, mas também de incentivo para que as emissões de gases que promovem o efeito estufa sejam reduzidas”, disse a cientista.
Segundo o estudo, se houver uma mitigação significativa das emissões no futuro próximo, as perdas aceleradas de gelo seriam seguidas por uma retenção substancial do gelo remanescente durante o século. Nesse cenário, até mesmo a recuperação parcial do gelo desaparecido poderia ocorrer.
O urso polar depende do gelo marinho para ter acesso a focas, sua principal fonte de alimentação. Nas vezes em que ele não consegue alcançar o gelo marinho, cada vez mais frequentes, chega a perder quase 1 quilo de peso por dia. Por conta disso, o urso polar é visto como uma espécie de sentinela do ecossistema ártico.
O artigo Greenhouse gas mitigation can reduce sea-ice loss and increase polar bear persistence (doi:10.1038/nature09653), de Steven Amstrup e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
(Fonte: Agência FAPESP)
domingo, 12 de dezembro de 2010
Bandeirinha
NOME COMUM: Gaturamo-bandeira
NOME CIENTÍFICO: Chlorophonia cyaneaNOME EM INGLÊS: Blue-naped Chlorophonia
NOME EM FRANCÊS: Organiste à nuque bleue
FILO: Chordata
CLASSE: Ave
ORDEM:Passeriformes
FAMÍLIA: Emberizidae CARACETRÍSTICAS: Um dos passarinhos mais bonitos do Brasil.
HABITAT: da Bahia e Minas ao Rio Grande do Sul e Paraguai
PESO: 13 Gramas
TAMANHO: 10 cm
ALIMENTAÇÃO: Frutinhas duras da mata do cipó, folhas e também néctar. Aprecia a erva-do-passarinho, planta nociva frequente nas cidades, folhas
OVOS: 2 a 3 por vez
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 17 dias
NINHO: redondo e bem escondido dentro do penacho dos coqueiros ou na barba-de-velho. macho e fêmea trabalham juntos para construir o ninho onde os ovos serão chocados.
NOME CIENTÍFICO: Chlorophonia cyaneaNOME EM INGLÊS: Blue-naped Chlorophonia
NOME EM FRANCÊS: Organiste à nuque bleue
FILO: Chordata
CLASSE: Ave
ORDEM:Passeriformes
FAMÍLIA: Emberizidae CARACETRÍSTICAS: Um dos passarinhos mais bonitos do Brasil.
HABITAT: da Bahia e Minas ao Rio Grande do Sul e Paraguai
PESO: 13 Gramas
TAMANHO: 10 cm
ALIMENTAÇÃO: Frutinhas duras da mata do cipó, folhas e também néctar. Aprecia a erva-do-passarinho, planta nociva frequente nas cidades, folhas
OVOS: 2 a 3 por vez
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 17 dias
NINHO: redondo e bem escondido dentro do penacho dos coqueiros ou na barba-de-velho. macho e fêmea trabalham juntos para construir o ninho onde os ovos serão chocados.
Este passarinho é muito perseguido pelos índios, que usam suas penas como enfeite, e também pelos passrinheiros, que o colocam em gaiolas só pelo colorido. Esta ave é conhecida por possuir as cores da Bandeira brasileira, o que lhe valeu o apelido de "bandeirinha". Seu canto é fraco, vocaliza constantemente e possui um canto repetitivo.
(Fonte: http://www.saudeanimal.com.br/gaturamo_bandeira.htm)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Utilizando um blog, ambientalista trabalha para resgatar as vegetações em áreas urbanas
Ricardo Henrique Cardim, 32, é um dos quatro finalistas do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro 2010, uma iniciativa da Folha de S.Paulo que visa reconhecer novos talentos sociais com atuação inovadora. Dentista mestrando em botânica, Ricardo é consultor de arborização, fitossanidade e reflorestamento. Ele também representa no Brasil uma tecnologia japonesa para construir telhados verdes. Em 2007, criou o blog AAA (Associação Amigos das Árvores) a fim de mobilizar a sociedade para a questão do verde no ambiente urbano, com foco em resgate, preservação e ampliação da vegetação nativa.
Durante o período em que tentou se aproximar de organizações de ambiente, Ricardo percebeu que não havia um grupo cuja causa priorizasse as árvores da capital paulista. Ao comentar a questão com um secretário do município, recebeu a sugestão de criar ele próprio uma instituição. Assim surgia a proposta da Associação Amigos das Árvores. No fim de 2007, cerca de 30 pessoas se reuniram para elaborar a ata de formalização, mas a burocracia e a falta de recursos para bancar uma sede brecaram o projeto.
Frustrado, o ambientalista decidiu seguir o conselho de uma amiga para criar seu blog. Não contava, porém, com o volume de demanda sobre o tema. Em poucos meses, o acesso ao site cresceu de forma surpreendente. A qualidade do trabalho desenvolvido, o retorno rápido às consultas dos internautas e o tratamento diferenciado ao tema fizeram com que o AAA se tornasse referência no assunto, já tendo ultrapassado 300 mil acessos, oriundos de 92 países.
As atividades de Ricardo não se limitam ao ambiente virtual. Ele se empenha em identificar áreas remanescentes de vegetação nativa em São Paulo e a existência de plantas supostamente extintas. Foi assim que conseguiu transformar um espaço localizado no bairro do Jaguaré, região oeste, no Parque Municipal Ecológico de Campos Cerrado Dr. Alfred Usteri, onde detectou presença de vegetação típica do cerrado.
Sua rotina engloba cinco frentes de trabalho: é membro do conselho gestor do parque; trabalha na elaboração de relatório solicitado pela Prefeitura de São Paulo para a preservação da árvore mais antiga da cidade, a figueira-das-lágrimas; elabora um memorial para reconhecimento e tombamento para preservação ambiental da área de cerrado dentro do campi paulistano da USP (Universidade de São Paulo); finaliza seu livro História da Vegetação de São Paulo; e faz manutenção de um viveiro informal para multiplicação de espécies.
O empresário Renato Andrade procurou o AAA pela primeira vez 2008, em busca de informações sobre árvores frutíferas para plantar em casa. Satisfeito com as orientações, ressalta a importância da arborização. “As árvores que plantei estão servindo para atrair a fauna. Pardais, sabiás, bem-te-vis e um bando de periquitos vieram pousar no meu quintal. O blog do AAA é fundamental para todo mundo que tem interesse em plantar árvores”, garante.
Para o futuro, Ricardo Cardim planeja montar uma empresa de viveiros de plantas nativas de São Paulo, para rearborização da cidade e uso em projetos paisagísticos.
Site da Associação Amigos das Árvores: www.arvoresdesaopaulo.wordpress.com
MAIS INFORMAÇÕES:
O Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro reconhece e promove talentos sociais que atuam há, no mínimo, um ano e, no máximo, três anos, de forma inovadora, e que necessitem de mais visibilidade para atingir ou consolidar a sustentabilidade de sua iniciativa, bem como multiplicar seu impacto positivo. Podem se inscrever empreendedores de projetos jovens, mas com comprovado potencial em inovação, alcance e abrangência, multiplicação e eficácia social.
REALIZAÇÃO: Folha de S. Paulo
PATROCÍNIO: CEF (Caixa Econômica Federal)
APOIADORES:
Apoio estratégico: sitawi.
Apoio: Artemisia Modelo de Negócios Sociais, Folha Online, The Hub Brasil, UOL, Sator.
Divulgação: Ashoka Empreendedores Sociais, Ceats-FIA (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), Iats (Instituto de Administração para o Terceiro Setor), P&B Comunicação.
PATROCÍNIO: CEF (Caixa Econômica Federal)
APOIADORES:
Apoio estratégico: sitawi.
Apoio: Artemisia Modelo de Negócios Sociais, Folha Online, The Hub Brasil, UOL, Sator.
Divulgação: Ashoka Empreendedores Sociais, Ceats-FIA (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), Iats (Instituto de Administração para o Terceiro Setor), P&B Comunicação.
(Fonte: Comunique-se o portal da comunicação)
Fibra de bagaço de cana pode ser aproveitada em fibrocimento
A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) desenvolve forma de utilizar os resíduos da gerados para obter produtos da cana-de-açucar e as cinzas resultantes da queima do bagaço em caldeiras, eles estão sendo aproveitados na produção de fibrocimento, material usado na fabricação de produtos como telhas, caixa d’água e divisórias. O processo consiste em substituir alguns dos componentes que formam o fibrocimento pela fibra do bagaço da cana e pelas cinzas.
De acordo com o pesquisador Ronaldo Soares Teixeira, autor do trabalho, o objetivo é de buscar uma nova forma de aproveitar esses resíduos, que são habitualmente descartados pela indústria. “Eles normalmente são subaproveitados. Parte do bagaço é queimada em caldeiras, tornando-se cinzas; o bagaço até tem outros empregos, como nas rações para animais, mas a maior parte é descartada”, ressaltou o pesquisador. Estimou que, de cada tonelada de cana-de-açúcar processada, 260 quilos são transformados em bagaço.
Normalmente, o fibrocimento é composto por cimento, sílica ativa, água, polpa celulósica como reforço secundário e fibra sintética, como PVA e PP (tipos de plástico). O estudo de Teixeira utilizou a fibra do bagaço de cana como um reforço na produção de fibrocimento, enquanto as cinzas substituíram 30% do cimento em massa. “A cinza apresenta grande concentração de sílica, que tem comportamento de cimento pozolânico. A cinza, em contato com a água e em conjunto com cal hidratada, forma um composto aglomerante, ou seja, ela endurece”, explicou Teixeira.
Depois de vários testes, o pesquisador comprovou que o fibrocimento produzido com resíduos sucro-alcooleiros é viável e apresentou resistência similar ao material produzido nas indústrias. O fibrocimento da pesquisa passou por dois processos de cura (endurecimento). Com isso, o pesquisador testou a resistência do material sob condições de calor e umidade, simulando exposição a sol e chuva. “A fibra passou por tratamento químico (à base de silicato de sódio e sulfato de alumínio) com a intenção de diminuir a absorção de água e assim diminuir a degradação da fibra”.
Método
O método de extrusão para criar o fibrocimento é inédito no Brasil. A imagêm mostra a máquina usada |
Para criar o fibrocimento, Teixeira utilizou um processo chamado extrusão, método alternativo para a produção do material cimentício. O pesquisador orienta que a máquina, chamada extrusora, contém uma rosca sem fim dividida em três câmaras: mistura, pressão negativa e compressão. Na extremidade da rosca, encontra-se a boquilha, que promove a compactação final da mistura e forma a geometria do produto.
“Quando se coloca a mistura dos componentes do fibrocimento na extrusora, a rosca sem fim faz a massa fluir sob pressão crescente através das câmaras, forçando-a sair no formato que se desejar, formando o fibrocimento” detalha.
O pesquisador diz que o método foi usado somente para fins acadêmicos, sem pensar em sua adequação para as indústrias, num primeiro momento. “A extrusora normalmente é utilizada na indústria de cerâmica. Na pesquisa, ela foi adaptada para produzir fibrocimento”, informou.
Teixeira desenvolveu o estudo em sua dissertação de mestrado pela EESC, sob orientação do professor Francisco Antonio Rocco Lahr, do Laboratório de Madeira e de Estruturas de Madeira (LaMEM) da Escola. O trabalho teve cooperação com laboratório de Construções e Ambiência, coordenado pelo professor Holmer Savastano Junior, na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga. Nele, Teixeira continua fazendo mais testes com o fibrocimento.
(Fonte: Agência USP)
Força tarefa é formada para fiscalizar som alto em Londrina
Os carros serão o principal foco da operação e as multas são de R$ 6 mil, já para os estabelecimentos comerciais o valor é em média de R$ 1 mil
A Força Verde em parcerias com a Secretaria Municipal de Ambiente (Sema) e com o apoio da Companhia Municipal de Trânsito de Londrina (CMTU) deu início no último dia 30 às fiscalizações de poluição sonora. Uma força tarefa foi formada para percorrer a cidade multando quem estiver descumprindo a lei.
A fiscalização será feita por duas equipes formadas por cinco pessoas, as quais representam diferentes órgãos de fiscalização atuantes na cidade. O trabalho será realizado diariamente e intensificado aos finais de semana, tendo início às 21h e finalizando com o amanhecer e contará com a supervisão do secretário de Ambiente, José Novaes Faraco.
Faraco explica que estudou a legislação vigente para que não haja erros nas fiscalizações e penalidades. Ele acrescenta que vai participar da força tarefa para garantir que não haja corrupção ou abusos de autoridade. “Nós vamos fazer cumprir a lei”, enfatizou.
O secretário explicou que vai ser intensificado o monitoramento aos carros com som alto, já que esses “são os grandes perturbadores” das noites devido à aceleração, ruído de motor e som alto. “O trabalho vai ser direcionado para garantir o sossego das pessoas”, acrescentou.
Faraco alegou que os estabelecimentos comerciais também estarão no foco das autoridades, apesar de a maioria cumprir com a legislação. “O problema maior dos estabelecimentos comerciais são as pessoas que ficam do lado de fora e que falam alto, mas internamente a maioria deles possui isolamento acústico”, alegou.
Apesar da força tarefa começar a atuar no dia 30, ono dia 29 um motorista que transitava por volta das 13h na avenida João Carlos Strass já foi multado em R$ 6 mil por exceder o limite de 80 decibéis – até às 22h - no som de seu carro. “O valor da multa para os carros é bem alto em relação ao dos estabelecimentos que tem a média de R$ 1 mil”, afirmou.
O secretário de Ambiente alertou que os cidadãos podem colaborar na fiscalização fazendo denúncias através do telefone gratuito da Guarda Municipal, 153, ou até mesmo ligando para o celular do próprio secretário 9630-6535 que estará presente nas operações.
A ação deve ser permanente. “Só ficaremos mais tranqüilos quando o problema estiver solucionado e as pessoas respeitarem o nível de som permitido”, explicou Faraco. O secretário revelou ainda que em meados de dezembro, será divulgado edital de concurso público para contratação de novos fiscais.
(Fonte: Núcleo de Comunicação da P.M.L.)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Cidade mais verde da América Latina é Curitiba
De acordo com estudo publicado no último dia 21, pela empresa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica The Economist, Curitiba, capital do Paraná , destacou-se como a metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina .
No estudo aparece classificada , com 1,7 milhão de habitantes e a única cidade "muito acima " da média quanto a normas ambientais.
"Abaixo da média ", o quarto nível em termos ambientais, ficaram Buenos Aires e Montevidéu, enquanto a mexicana Guadalajara e Lima , capital do Peru , estiveram um nível mais abaixo , "muito abaixo " da média , no nível mais baixo .
O novo índice considerou as variáveis de eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e edifícios , tráfego , resíduos , água , situação das águas residuais , qualidade do ar e agenda meio ambiental de governo .
O GCI (Green City Índex ), pretende se transformar em um indicador que ajude a conscientizar as autoridades municipais sobre as necessidades de desenvolver políticas sustentáveis, sustenta os responsáveis pelo estudo .
"A ferramenta permitirá às cidades aprender mais de suas respectivas situações e fomentará a troca sobre estratégias eficazes partindo de uma base objetiva ", ressaltou Pedro Miranda, executivo da Siemens e diretor do estudo .
Leo Abruzzese, diretor global da Unidade de Inteligência de The Economist, destacou: "o estudo demonstra que as cidades que seguem uma colocação integral alcançam resultados muito notáveis ".
A metodologia do GCI foi empregada pela primeira vez com cidades europeias há um ano em outro estudo apresentado pela Siemens e The Economist com o apoio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Banco Mundial (BM).
Pecuarista tem como reduzir a emissão de gases do efeito estufa
O Brasil assumiu em Copenhagen, em 2009, o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. "O País apresentou 11 ações para mitigar a emissão desses gases. Quatro delas estão ligadas à agropecuária", segundo o pesquisador Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste, com sede em São Carlos (SP). São elas: recuperação de pastagens degradadas, implantação de sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta, plantio direto e fixação biológica de Nitrogênio no solo.
Buscando essas metas, os pecuaristas estarão contribuindo para a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa emitidos pela prática pecuária.
Segundo ele, parte desses estudos é recente e ainda não foi publicada. Mas em breve terão informações de acesso público. Alexandre fez, em Corumbá, recentemente, a palestra "Emissão de metano entérico pela pecuária: panorama nacional" em uma mesa redonda que discutiu as mudanças climáticas e processos ecológicos no Pantanal.
O pesquisador comentou que a indústria automobilística já está fazendo sua parte, investindo na produção de carros híbridos. "A agropecuária também terá que contribuir", afirmou.
Ele lembrou que o Brasil tem um dos maiores rebanhos bovinos do mundo: são cerca de 200 milhões de cabeças – praticamente um boi para cada habitante. Entre 1994 e 2005, a emissão de metano no Brasil aumentou 26%, enquanto a exportação de carne cresceu mais de 400%.
Na pecuária, o metano é emitido a partir da fermentação ruminal e do manejo de dejetos. "Levantamentos mostram que no mundo 22% da emissão de metano vem da fermentação entérica." No Brasil, em função do tamanho do rebanho, essa porcentagem é de 69%.
Alimentação
De acordo com o pesquisador, em 2050 o planeta terá 9 bilhões de habitantes, com melhores condições de vida, e querendo se alimentar melhor. "O desafio será aumentar a produção e reduzir os impactos ambientais. Ou seja, a produção terá que ser sustentável." Por isso os pecuaristas tem que aprimorar o desempenho na atividade e, ao mesmo tempo, procurar cuidar do meio ambiente.
Ele disse que não faz sentido deixar de consumir carne em função desses impactos, porque este produto é fonte de nutrientes que não se pode substituir. O pesquisador apresentou dados que confirmam que a emissão de gás metano pode ser controlada de forma mais eficaz se a população optar por outros meios de transporte.
O consumo de carne do brasileiro é de 36 quilos/ano. Isso equivale ao consumo de 100g/dia. Já a emissão por um carro movido a álcool que percorre 50 quilômetros por dia é quatro vezes maior. Um carro pequeno, movido a gasolina, percorrendo a mesma distância por dia, é 16 vezes maior.
O pesquisador disse ainda que o consumo consciente deve evitar o desperdício de alimentos, que vai muito além da carne. "A produção pecuária não pode ser intensificada às custas da degradação ambiental", concluiu.
(Fonte: Correio do Estado)
Planeta passa longe de meta do clima
Mesmo que todos os países cortem muito suas emissões de CO2, a Terra ainda aquecerá mais que 2ºC, diz ONU. Para cumprir o que foi prometido na última cúpula do clima, seria preciso desligar todos os transportes do globo
Se tudo der certo e todos os países fizerem o máximo para conter emissões de carbono nos próximos anos, o mundo ainda estará longe de cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC.
O quão longe acaba de ser calculado por um grupo internacional de cientistas: 5 bilhões de toneladas de gás carbônico estarão "sobrando" na atmosfera em 2020.
Ou seja, para cumprir o que se comprometeram a fazer na conferência do clima de Copenhague e evitar um possível aquecimento descontrolado da Terra, os países não apenas teriam de endurecer suas metas de corte de emissão como ainda precisariam desligar todo o sistema de transporte do globo.
O recado foi dado hoje pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), num relatório intitulado "The Emissions Gap" ("A Lacuna das Emissões").
O documento será entregue em Helsinque à chefe da Convenção do Clima da ONU, Cristiana Figueres.
Seus autores passaram seis meses avaliando 223 cenários de emissões de CO2 construídos a partir das metas voluntárias de corte de carbono propostas por vários países no Acordo de Copenhague, o pífio documento que resultou da conferência.
O resumo da ópera é que, se a humanidade quiser ter 66% de chance de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC no fim deste século, o nível global de emissões em 2020 terá de ser de 44 bilhões de toneladas de CO2 equivalente- ou seja, a soma de todos os gases-estufa "convertidos" no potencial de aquecimento do CO2.
Se nada for feito, as emissões podem chegar a 56 bilhões de toneladas em 2020. "Isso elimina a chance dos 2ºC, e pode nos colocar no caminho de 5ºC de aquecimento em 2100", disse à Folha Suzana Kahn Ribeiro, pesquisadora da Coppe-UFRJ, uma das autoras do relatório.
SEM SOLUÇÃO
A implementação estrita do acordo também não resolve: as emissões globais cairiam para 52 bilhões de toneladas, ainda uma China de distância da meta de 2ºC.
Por "implementação estrita" os pesquisadores querem dizer duas coisas. Primeiro, as nações estão contando duas vezes emissões cortadas na área florestal. Se um país pobre planta florestas para vender créditos de carbono a um país rico, a dedução deveria estar apenas na conta do país rico. Mas costuma estar na de ambos.
Na própria lei brasileira do clima está escrito que as reduções de emissão podem ser obtidas por MDL [venda de créditos de carbono para nações ricas]", diz Ribeiro.
Outro ponto espinhoso é a venda de créditos em excesso por países como a Rússia, cujas emissões já são menores que as metas de Kyoto. O país ficou com créditos sobrando.
(Fonte: Folha de São Paulo)
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A energia que vem do mar
Até o final do ano, o porto de Pecém, no Ceará, será o primeiro do país a produzir energia elétrica a partir da água do mar. Trata-se da instalação do primeiro protótipo nacional para a produção de eletricidade com base na pressão das ondas marítimas. O projeto pertence ao Instituto Alberto Luiz Coimbra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e também realiza a dessalinização da água do mar.
Paulo Roberto da Costa, autor do conceito, diz que pesquisou projetos de geração de energia a partir do mar utilizados pelo mundo para poder criar o seu próprio modelo. Ele conta que o equipamento opera a partir da pressão das ondas marítimas, o que torna o projeto brasileiro diferenciado dos já existentes. "Ele opera em altíssima pressão. Você não precisa de tanta água para ter potência".
Para deixar o conceito mais claro, Costa, que é mestre em engenharia oceânica, explica que a pressão gerada pelo equipamento equivaleria a uma queda d’água de 500 metros. "A vantagem é que não precisa construir um reservatório. O reservatório é o próprio mar".
Os recursos para o desenvolvimento do projeto vieram da geradora de energia Tractebel, que opera no Brasil desde 1998 e pertence ao grupo francês GDF Suez. O investimento foi de R$ 12 milhões.
Os recursos para o desenvolvimento do projeto vieram da geradora de energia Tractebel, que opera no Brasil desde 1998 e pertence ao grupo francês GDF Suez. O investimento foi de R$ 12 milhões.
O protótipo que está sendo instalado no Ceará é composto por dois módulos. Juntos, eles devem gerar 100 kilowatts de eletricidade, o suficiente para abastecer 200 casas fora do horário de pico. O equipamento onshore funciona com a base instalada na costa e braços que se estendem para o fundo do mar para captar a pressão das ondas. No caso de Pecém, no entanto, o equipamento está fixado dois quilômetros mar adentro, no quebra mar do porto.
Em relação à dessalinização, ela é realizada pelo mesmo equipamento e, segundo Costa, os dois processos (geração de energia e dessalinização) podem ser realizados em momentos alternados, de acordo com as necessidades do local em que estiver instalado.
Para o processo de separação entre água e sal, cada módulo tem capacidade para processar 250 mil litros de água em 24 horas. A purificação torna a água própria tanto para consumo humano quanto para irrigação.
Em relação à dessalinização, ela é realizada pelo mesmo equipamento e, segundo Costa, os dois processos (geração de energia e dessalinização) podem ser realizados em momentos alternados, de acordo com as necessidades do local em que estiver instalado.
Para o processo de separação entre água e sal, cada módulo tem capacidade para processar 250 mil litros de água em 24 horas. A purificação torna a água própria tanto para consumo humano quanto para irrigação.
O protótipo do Ceará é o primeiro desenvolvido pela Coppe-UFRJ, mas o instituto também trabalha no desenvolvimento de projetos para geração de energia a partir da água marítima realizada em alto-mar. Este projeto já chamou a atenção, por exemplo, de empresas como a Petrobras, que tem interesse na geração de eletricidade para abastecimento de suas plataformas de petróleo. Segundo Costa, a companhia já realizou testes para estes projetos.
Ainda deve levar um tempo para que os módulos entrem em fase de comercialização, pois após os testes iniciais, o protótipo passará por um período de seis meses de monitoramento. Entretanto, os projetos já estão sendo oferecidos às geradoras de energia. "A tecnologia vem sendo apresentada há uns três anos para as empresas de energia, que têm realizado testes nos produtos para o desenvolvimento de novos protótipos", conta Costa.
Para ele, os países árabes são um mercado em potencial para a tecnologia brasileira. "Temos a patente que se estende por diversos países no mundo. Temos interesse em desenvolver esse assunto e gerar novos negócios". De acordo com o engenheiro, para a geração a partir das plataformas em alto-mar, os custos da eletricidade devem girar em torno de R$ 0,25 Kilowatt/hora.
Para ele, os países árabes são um mercado em potencial para a tecnologia brasileira. "Temos a patente que se estende por diversos países no mundo. Temos interesse em desenvolver esse assunto e gerar novos negócios". De acordo com o engenheiro, para a geração a partir das plataformas em alto-mar, os custos da eletricidade devem girar em torno de R$ 0,25 Kilowatt/hora.
(Fonte: ANBA)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Entendendo o horário das postagens pelo Greenwich Mean Time (GMT)
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Pesquisa busca identificar compostos naturais para controle de pragas agrícolas
Um pesquisador da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS, está desenvolvendo um projeto para identificar compostos naturais para o controle de pragas agrícolas.
O professor Euclésio Simionatto pesquisa espécies nativas do Cerrado e Pantanal. O projeto será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS.
“Nota-se que recentemente a agricultura orgânica está recebendo uma grande atenção devido ao seu menor impacto ambiental. No Brasil este mercado interno deverá crescer, de acordo com indicadores econômicos, sendo que atualmente, a maioria dos produtos desta origem é exportada”, explicou o professor.
Serão avaliados diversos aspectos com objetivo de encontrar substâncias que combatam as pragas, minimizando os efeitos negativos do uso de defensivos sintéticos.
(Fonte: Ambiente Brasil)
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Metaconsumidor, você pode até gostar.
O livro Metaconsumidor, fala sobre a evolução do consumo consciente e da sustentabilidade no mercado.
O livro conta com os resultados de um estudo global realizado em 17 países com 8.500 pessoas e que mostra em todo o mundo o quanto os consumidores estão dispostos a pagar a mais por produtos "verdes" e como mudam seu comportamento de compras em função das características ecologicamente corretas dos produtos.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
A Campanha da Fraternidade 2011 vai tratar da questão ambiental.
Brasília - A Campanha da Fraternidade, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que terá início em março do próximo ano, vai tratar da questão ambiental.
O tema escolhido é Fraternidade e a Vida no Planeta, apresentado no último dia 21, tem o objetivo colocar em discussão nas dioceses, temas como mudanças climáticas, efeito estufa, a questão energética, desenvolvimento, preservação da Amazônia, agronegócio, biodiversidade e a água.
De acordo com o presidente da CNBB, dom Gealdo Lyrio Rocha, a escolha do tema não guarda relação com o destaque que a questão ambiental tomou durante o período de campanha eleitoral no Brasil.
“Este tema foi escolhido há dois anos. O que eu acredito é que é um tema atual. É uma agenda que está na ordem do dia não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse.
O tema escolhido é Fraternidade e a Vida no Planeta, apresentado no último dia 21, tem o objetivo colocar em discussão nas dioceses, temas como mudanças climáticas, efeito estufa, a questão energética, desenvolvimento, preservação da Amazônia, agronegócio, biodiversidade e a água.
De acordo com o presidente da CNBB, dom Gealdo Lyrio Rocha, a escolha do tema não guarda relação com o destaque que a questão ambiental tomou durante o período de campanha eleitoral no Brasil.
“Este tema foi escolhido há dois anos. O que eu acredito é que é um tema atual. É uma agenda que está na ordem do dia não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse.
Fonte: Agência Brasil
Para 49% dos brasileiros, a falta de dinheiro os distancia da sustentabilidade
A sustentabilidade poderia estar mais presente na vida dos consumidores brasileiros se não fosse a falta de dinheiro. O motivo foi citado por 49% dos brasileiros, mostra pesquisa realizada pela GS&MD - Gouvêa de Souza.
As informações revelaram quais são os principais motivos que afastam os consumidores da sustentabilidade. A falta de dinheiro foi bastante citada entre brasileiros. Mas, na média dos 17 países consultados, a resposta foi ainda mais citada: por 55% dos pesquisados.
Embora a falta de dinheiro seja um forte motivo para que os brasileiros se afastem da sustentabilidade, o motivo maior para essa distância está na falta de produtos e serviços sustentáveis, citado por 66% dos brasileiros e por 45% dos consumidores de outros países.
Sem incentivo
A falta de incentivo também afasta os consumidores de práticas e comportamentos sustentáveis. Esse motivo foi citado por 47% dos brasileiros. Na média dos outros 17 países, a resposta foi citada por 35%.
Sem incentivo
A falta de incentivo também afasta os consumidores de práticas e comportamentos sustentáveis. Esse motivo foi citado por 47% dos brasileiros. Na média dos outros 17 países, a resposta foi citada por 35%.
A falta de informação também incomoda e afasta os consumidores da sustentabilidade. Para 37% dos brasileiros, esse motivo os distancia de práticas mais sustentáveis, ao passo que no mundo o percentual alcança 51%.
A falta de tempo e a falta de apoio do governo também apareceram nas respostas mais citadas para a pergunta o que distancia o consumidor da sustentabilidade. E foram citadas por 37% e 39% dos brasileiros, respectivamente.
No mundo, a falta de tempo e de apoio do governo foram citadas por 43% e 27% dos consumidores de outros países.
Sobre a pesquisa
O estudo Metaconsumidor – A sustentabilidade presente na visão do consumidor foi realizada em 17 países (Canadá, Brasil, Portugal, França, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Dinamarca, Espanha, China, México, Chile, Itália, Romênia e Turquia) em agosto deste ano.
No mundo, a falta de tempo e de apoio do governo foram citadas por 43% e 27% dos consumidores de outros países.
Sobre a pesquisa
O estudo Metaconsumidor – A sustentabilidade presente na visão do consumidor foi realizada em 17 países (Canadá, Brasil, Portugal, França, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Dinamarca, Espanha, China, México, Chile, Itália, Romênia e Turquia) em agosto deste ano.
Foram ouvidos 8.500 consumidores. No Brasil, foram realizadas 500 entrevistas, em São Paulo, Recife e Porto Alegre.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Homem está acabando com a vida na Terra, diz ONU
O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, afirmou que os seres humanos estão destruindo "as bases que sustentam a vida na Terra".
O alerta foi feito na abertura da 10ª edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), que começou nesta segunda-feira (18) em Nagoya, no Japão, e termina no dia 29 de outubro.
Achim afirmou ainda que lideranças políticas ao redor do mundo parecem não compreender a importância de lidar com questões relacionadas à biodiversidade do planeta.
"Este é o único planeta no universo em que se sabe que existe este tipo de vida", afirmou ele.
"Apenas isso nos daria o que pensar. Mas além disso, estamos destruindo as fundações que sustentam a vida neste planeta. E ainda assim, quando nos encontramos nestes fóruns intergovernamentais, a sociedade tem dificuldades de entender o que estamos fazendo aqui, e por que isso importa".
Durante as próximas duas semanas, representantes de 193 países vão avaliar as metas de preservação ambiental assumidas para este ano e definir quais serão os próximos objetivos até 2020.
A ONU estima que a perda da biodiversidade custe ao mundo entre US$ 2 trilhões (R$ 3,2 trilhões) e US$ 5 trilhões (R$ 8 trilhões) por ano, principalmente nas partes mais pobres.
"(O monge budista) Teitaro Suzuki disse que ‘o problema da natureza é um problema da vida humana’. Hoje, infelizmente, a vida humana é um problema para a natureza", disse o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryo Matsumoto.
"Temos de ter coragem de olhar nos olhos das nossas crianças e admitir que nós falhamos, individualmente e coletivamente, no cumprimento das metas prometidas no encontro de Johanesburgo (em 2002)", completou o ministro.
Matsumoto lembrou ainda que a perda da biodiversidade pode chegar a um ponto irreversível se não for freada a tempo.
"Toda a vida na Terra existe graças aos benefícios da biodiversidade, na forma de terra fértil e água e ar limpos. Mas estamos agora próximos de perder o controle se não fizemos grandes esforços para conservar a biodiversidade", disse.
Sinais de esperança
Jane Smart, chefe do programa de espécies da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), disse que, apesar do problema ser grande e complexo, existem alguns sinais de esperança.
"A boa notícia é que quando nós promovemos a conservação, ela realmente funciona; gradativamente estamos descobrindo o que fazer, e quando nós fazemos, as coisas dão muito certo", disse a pesquisadora à BBC News.
"Precisamos fazer muito mais para conservar, como proteger áreas, particularmente o mar. Temos de salvar vastas áreas do oceano e cardumes de peixes. Isso não significa que devemos parar de comer peixes, mas comer de uma forma sustentável", afirmou Jane.
O Brasil também participa do encontro e vai pressionar países ricos para obter recursos em torno de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) por ano para preservação ambiental, além de exigir metas globais mais específicas contra a perda da biodiversidade.
Outro ponto defendido pela comissão brasileira é a cobrança de royalties pelo uso de recursos vegetais e animais. A ideia é que empresas que utilizam matérias-primas provenientes de nações em desenvolvimento repassem uma parte do dinheiro às comunidades locais.
(Fonte:BBC Brasil)
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Proteger ecossistemas é mais barato do que destrui-los, diz estudo
A destruição de ativos da natureza, como florestas e pântanos, causa perdas anuais de ao menos US$ 2,5 trilhões no mundo.
A cifra, que supera em quase US$ 1 trilhão o PIB do Brasil, foi citada em um projeto financiado pela Comissão Europeia e apresentado nesta quarta-feira em Nagoya, Japão, durante conferência da Unep, a agência de meio ambiente da ONU.
“The Economics of Ecosystems and Biodiversity” (Teeb) é um estudo de dois anos cujo objetivo é mostrar o valor econômico de florestas, água, solo e corais, bem como os custos ocasionados pela perda desses recursos.
O líder do projeto, Pavan Sukhdev, pediu que “o valor dos serviços da natureza se torne visível” e influencie negócios e decisões adotados pelos países.
Seu relatório afirma que os custos de proteger a biodiversidade e os ecossistemas é mais baixo do que o custo “de permitir que eles mingúem”, e artigo no site do projeto diz que “estamos vivendo do capital da Terra; precisamos aprender a viver dos juros”.
Brasil e Índia
Outra conclusão é a de que a conservação tem papel importante na redução da pobreza, pois "florestas e outros ecossistemas contribuem para a sobrevivência de lares rurais empobrecidos".
Os líderes do projeto disseram que alguns países estão dando os primeiros passos para levar o valor da natureza em consideração ao adotar políticas públicas, e citam Brasil e Índia como exemplos.
“A abordagem do Teeb é útil para fazer com que (diferentes setores da sociedade) entendam as implicações da perda da biodiversidade e do retorno de investimentos (por conta da) conservação dessa biodiversidade”, disse à BBC News Bráulio Dias, secretário de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente brasileiro, presente no evento em Nagoya.
Sukhdev disse que 27 países da América Latina e da África pediram à agência ambiental da ONU ajuda para tornar suas economias mais “verdes”.
Cidades
O cálculo do valor de ecossistemas específicos foi aplicado pelo Teeb em cidades como Campala e Nova York.
Em Campala, capital de Uganda, estimativa de 1999 dava conta que o pântano Nakivubo valia entre US$ 1 milhão e US$ 1,75 milhão ao ano, por sua habilidade em purificar o esgoto da cidade.
Segundo o relatório, o cálculo fez com que fossem abandonados planos de drenar o pântano. No entanto, ao longo do tempo o Nakivubo perdeu suas capacidades, e em 2008 foi necessário um projeto para restaurar o local.
“O caso de Uganda mostra que, enquanto a valoração de serviços do ecossistema em geral fortalece argumentos para proteger o capital natural, por si só ela não previne que sejam tomadas decisões que degradem esses serviços”, diz o estudo do Teeb.
Mas essa valoração “estimulou a implementação de normas que premiam os responsáveis por proteger” o ecossistema.
Um caso citado ocorreu em Nova York, onde autoridades pagam donos de terras em uma área montanhosa perto da cidade para que estes adotem técnicas agrícolas mais avançadas.
O objetivo é impedir que nutrientes da terra sejam escoados para rios locais, o que demandaria a construção de custosas estações de tratamento de água.
O incentivo aos agricultores custa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, enquanto o valor estimado de uma nova estação de tratamento de água é de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões.
E Curitiba é citada no relatório como “exemplo” positivo de cidade que expandiu seus parques urbanos com o objetivo de prevenir inundações e oferecer espaço recreativo aos seus cidadãos. Estes contam com, “em média, 50 m² de espaço verde cada um, um dos maiores índices da América Latina”.
Água para 123 milhões de brasileiros depende da Mata Atlântica
A Mata Atlântica apresenta hoje a área de vegetação nativa brasileira mais devastada do País . Reduzida a apenas 27% de sua cobertura original , ainda é uma das regiões do mundo mais ricas em diversidade biológica, embora dados apresentados pela SOS Mata Atlântica assegurem que apenas 7,26% de seus remanescentes permanecem bem conservados.
As áreas de cobertura vegetal nativa que ainda restam prestam serviços ambientais importantes , como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas , a temperatura do solo e a regulação do clima , já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C.
As áreas bem conservadas e grandes o suficiente para garantir a biodiversidade e manutenção da Mata Atlântica a longo prazo não chegam a 8% de sua cobertura vegetal original . A região continua a sofrer sérias ameaças , que podem se agravar caso o Código Florestal brasileiro sofra alterações que não garantam a utilização responsável e sustentável de seus recursos naturais .
Hotspot - Especialistas estimam que a Mata Atlântica , considerada um hotspot (área prioritária para conservação , com alta biodiversidade e endemismo e ameaçada no mais alto grau ) possua mais de 20.000 espécies de plantas , aproximadamente 35% de toda a flora existente no País .
“As ações de proteção do MMA direcionadas à Mata Atlântica incluem o aperfeiçoamento da legislação , com a aprovação da Lei da Mata Atlântica e a instituição de projetos e programas de conservação e recuperação de mata nativa ”, afirma o coordenador do núcleo Mata Atlântica do MMA, Wigold Schaffer. “Também envolvem o monitoramento e fiscalização dos desmatamentos e queimadas , a criação e implementação de unidades de conservação e a ampliação de parcerias com instituições públicas e privadas da sociedade civil .”
Considerada por especialistas como um avanço na legislação ambiental brasileira , a Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/2006) e sua regulamentação possuem regras claras e incentivos para que a conservação , proteção , regeneração e utilização sustentável de seus componentes sejam implementadas.
Schaffer explica que uma das principais metas do Governo Federal é transformar pelo menos 10% da área total da região em unidades de conservação (UCs) de proteção integral e uso sustentável . Atualmente , existem 123 UCs federais e 225 estaduais na Mata Atlântica , o que resulta em quase 1,7 milhão de hectares transformados em áreas de proteção integral (3%) e pouco mais de 2 milhões de hectares de áreas de uso sustentável .
O avanço desordenado das cidades , empreendimentos e grandes obras de infraestrutura, bem como a mineração e a exploração madeireira também contribuíram para a degradação da cobertura vegetal original .
De 2005 a 2008, os estados que mais desmataram foram Minas Gerais , Santa Catarina e Bahia, responsáveis por mais de 80% do total de desmatamento ocorrido no período .
O Corredor Central da Mata Atlântica , localizado nos estados da Bahia e Espírito Santo ao longo da costa atlântica , estende-se por mais de 1.200 km no sentido norte-sul, e foi implementado desde março de 2002. O corredor agrega ecossistemas aquáticos de água doce e marinhos (dentro da plataforma continental ).
O projeto conta com a assistência técnica da Cooperação Brasil-Alemanha (GTZ) e com investimentos do banco alemão KFW e da União Europeia. Também atuam em projetos de conservação da região a Fundação SOS Mata Atlântica , Conservação Internacional , WWF, Mater Natura e outras entidades não-governamentais.
Nela já foram plantadas mais de 1 milhão de mudas nativas desde 1999. Como resultado , o fluxo de água da região ficou mais homogêneo ao longo do ano , e foram cadastradas sete nascentes que ainda não haviam sido identificadas no Córrego do Bulcão, que passa dentro da propriedade . O local funciona também como corredor ecológico e referência de envolvimento social na preservação da Mata Atlântica .
(Fonte : MMA)
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