quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Oceanos estão mais quentes, ácidos e com menos oxigênio, diz relatório

Os gases de efeito estufa estão tornando os oceanos mais quentes, ácidos e com menos oxigênio. O modo como essas mudanças interagem está criando um panorama mais desolador para as águas do mundo, de acordo com um relatório produzido por 540 cientistas de todo o mundo publicado na quarta-feira (13).

Os oceanos estão se tornando mais ácidos a uma taxa sem precedentes, mais rápido do que em qualquer outra época dos últimos 300 milhões de anos, segundo o relatório. Mas é a maneira como isso interage com outros efeitos do aquecimento global nas águas que preocupa cada vez mais os especialistas.

Eles calcularam que os oceanos tornaram-se 26% mais ácidos desde a década de 1880 porque há cada vez mais carbono na água. Também mediram como os oceanos têm se aquecido devido ao dióxido de carbono gerado pela combustão do carbono, petróleo e gás. Ainda foi observado que, em diferentes profundidades, os mares estão movendo menores quantidades de oxigênio porque há mais calor.

Juntos, esses efeitos “podem amplificar-se entre si”, observa o co-autor do relatório, Ulf Riebesell, um bioquímico do Centro Geomar Helmholtz de Pesquisa Oceânica na Alemanha. Ele acrescenta que os cientistas estão se referindo cada vez mais ao futuro do oceano como “quente, ácido e irrespirável”.

O relatório de 26 páginas divulgado pela ONU e por várias organizações científicas reúne as informações mais recentes sobre mudanças climáticas a partir de uma conferência de oceanógrafos realizada no ano passado.

Por exemplo, na costa americana do Pacífico, a forma como o oceano está se tornando estratificado significa que há menos oxigênio na água, e estudos recentes mostram “80% mais acidez do que originalmente previsto”, disse o co-autor do estudo Richard Feely, do Laboratório Marinho Ambiental do Pacífico da Administração Nacional para os Oceanos e a Atmosfera, com sede em Seattle.

Além disso, modelos computacionais preveem que a costa noroeste dos Estados Unidos será mais castigada que outros lugares devido ao conjunto de mudanças, observou Feely.
A teoria é que espécies como a lula só podem viver em água a certa temperatura, acidez e níveis de oxigênio, e os pontos onde esses fatores se combinam são cada vez mais difíceis de encontrar.

Com o aumento da acidez, as conchas de alguns moluscos, como as ostras e os mexilhões, também começam a se corroer. “Essa é mais uma perda que estamos enfrentando. Isso afetará a sociedade humana”, disse Riebesell. 

(Fonte: G1  e ambientebrasil)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Bonito/MS é eleita melhor destino para turismo responsável no mundo


A cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul, foi eleita o melhor destino de turismo responsável no mundo em uma premiação internacional.

O prêmio, chamado World Responsible Tourism Awards, foi entregue nesta quarta-feira (6) em Londres, durante o World Travel Market (WTM), um dos maiores eventos de turismo do mundo.

Além da categoria vencida por Bonito (de melhor destino de turismo sustentável), foram premiadas outras sete categorias. Entre elas, o melhor projeto para a economia local, para a proteção das crianças e para a proteção da água.

O vencedor da categoria geral – a principal do concurso – foi um projeto holandês para conscientizar a respeito da violência sexual contra crianças no Nordeste do Brasil. A campanha foi criada pela agência de viagens TUI Nederland e veiculada em aeroportos da Holanda, com o título ‘Say NO to child sex tourism in the Northeast of Brazil’ (Diga não ao turismo sexual infantil no Nordeste do Brasil”.

Voucher para controlar turistas – Em um texto, os jurados justificaram a escolha de Bonito citando o sistema de voucher para controle do número de turistas que existe na área. “A cidade é famosa por suas águas cristalinas, cavernas, montanhas e florestas com grande diversidade de vida selvagem. À medida que os turistas começaram a chegar, emergiram preocupações: havia medo de que o turismo não regulado pudesse causar impacto ao meio ambiente”, afirma o documento e finaliza: “Os jurados ficaram impressionados com o sistema de controle de turistas pelo voucher”.

O voucher, que atualmente é digital, é registrado em nome de cada turista e deve ser entregue nos atrativos ou passeios escolhidos, para que o número de visitantes se mantenha dentro da lei. 

(Fonte: G1)

Especialistas alertam para ocorrência maior de ciclones violentos


Os meteorologistas ainda precisam vincular formalmente o aquecimento global à ocorrência de tufões como o que devastou as Filipinas, mas eles esperam uma incidência crescente de fenômenos climáticos extremos, devido ao aumento das temperaturas dos oceanos.

O rastro de morte e destruição deixado na passagem do supertufão Haiyan esteve na ordem do dia de uma nova rodada das negociações climáticas das Nações Unidas, iniciada nesta segunda-feira na Polônia, enquanto as autoridades filipinas advertiram que cerca de 10 mil pessoas podem ter morrido nesta que já é considerada uma das piores catástrofes ambientais da História.

O Haiyan – tufão mais potente já registrado a tocar terra – varreu as Filipinas na sexta-feira, dias antes da abertura de 12 dias de negociações climáticas em Varsóvia, em meio a uma série de alertas sobre um aquecimento do clima potencialmente desastroso, com a ocorrência crescente de fenômenos climáticos extremos.

“Existe uma tendência de aquecimento (dos oceanos) e o aumento na intensidade de furacões é parte do risco”, afirmou Herve Le Treut, professor universitário em Paris e climatologista.

Tufões, furacões e ciclones são nomes diferentes dados ao mesmo fenômeno climático potente, de acordo com a região que afeta, mas os meteorologistas usam o termo genérico “ciclone” quando falam de forma abrangente sobre essas supertempestades.
Em setembro, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), atendendo a uma demanda das Nações Unidas para fazer avaliações científicas sobre os riscos das mudanças climáticas, concluiu em um relatório que é “virtualmente correto que a superfície do oceano esquentou entre 1971 e 2010″.

Estima-se que as temperaturas tenham aumentado em cerca de 0,1 grau Celsius por década até 75 metros de profundidade e mais ainda a uma profundidade um pouco maior.

Os meteorologistas acreditam que a superfície dos oceanos também tenha ficado mais quente na primeira metade do século XX, mas ainda se discute se o aumento das temperaturas dos oceanos é causada pelo homem ou por mudanças naturais no planeta.

Para Fabrice Chauvin, cientista do Centro Nacional de Pesquisa Meteorológica francês, não existiam satélites para rastrear ciclones antes dos anos 1970, o que dificultava a realização de estudos detalhados sobre o fenômeno.

No entanto, em 2007, o IPCC alertou ser “provável” que ciclones se tornassem mais intensos e provocassem mais chuvas do que antes.

Os ciclones são formados a partir de simples tempestades com descargas elétricas em algumas épocas do ano, quando a temperatura do mar fica acima dos 26 graus Celsius até uma profundidade de 60 metros e extraem sua energia do calor.

Chauvin explicou que temperaturas mais elevadas na superfície dos oceanos criariam uma fonte maior de energia térmica para os ciclones.

fonte: ambientalbrasil

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Brasil enterra uma copa do mundo por ano no lixo

Brasília-DF, 28/08/13 - O Brasil está enterrando nos lixões e aterros sanitários do país, o equivalente a R$ 8 bilhões – valor orçado para os custos das obras nos estádios – gastos com a realização da Copa do Mundo. “Poderíamos realizar uma copa do mundo todos os anos no País se, no lugar de se desperdiçar materiais recicláveis, esse material fosse tratado e reciclado. Além da economia iríamos reduzir os impactos ambientais e sociais que afetam toda a nação”, diagnosticou o deputado federal Adrian (PMDB-RJ), presidente da Frente Parlamentar de Incentivo à Cadeia Produtiva da Reciclagem.
 
Para evitar esse desperdício e promover ações de incentivo à reciclagem e sustentabilidade, o parlamentar apresentou o Projeto de Lei no. 6146/13, que permite a pessoas físicas e jurídicas aplicar parte do IR devido em projetos ambientais. O texto propõe que a doação e o patrocínio sejam direcionados a unidades de conservação, educação ambiental e certificações e projetos urbanísticos sustentáveis, entre outros fins.
 
Na opinião do deputado Adrian, os cidadãos, no geral, ainda tem poucas práticas sustentáveis e de reciclagem. “As pessoas ainda tem a impressão que reciclar, reaproveitar recursos, é uma responsabilidade do governo ou das empresas. Muitas não percebem que a implementação de um sistema simples de coleta seletiva dentro de suas próprias residências já ajuda muito no processo”, avalia o parlamentar. “O PL permite que as pessoas se envolvam mais diretamente nos projetos ambientais, tanto apresentando propostas quanto financiando ou patrocinando planos de sua cidade ou Estado”, completa.
 
Lixo eletrônico – Segundo dados da ONU, o volume de lixo nos últimos dez anos triplicou, principalmente com o consumo de dispositivos eletrônicos. Seguido do México e da China (0.4 kg/cap·ano), o Brasil (0.5 kg/cap.ano) é o maior produtor per capita de resíduos eletrônicos entre os países emergentes, segundo o mais recente estudo da ONU sobre o tema. O Brasil também foi cotado como campeão em outro quesito: faltam dados e estudos sobre a situação da produção, reaproveitamento e reciclagem de eletrônicos: China, Índia, Argentina, Chile, Colômbia, Marrocos, África do Sul e até mesmo o México realizam e centralizam mais informações sobre a gestão de resíduos eletrônicos em seus territórios.
 
“Os problemas do gerenciamento de resíduos estão fadados a crescer, já que a reciclagem por si só não os resolverá, e que excedem a capacidade dos países de lidar com eles. A prevenção e a minimização dos resíduos, o reduzir-reutilizar-reciclar e a recuperação de recursos são todos aspectos que requerem atenção”, avalia o deputado Adrian.
Mais informações
Gabinete do deputado federal Adrian
Assessoria de Comunicação
José Jance Grangeiro
Fone: (61) 3215-5441 / 8184-5083
 
 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A inveja vai salvar o mundo

Dez anos atrás, o pesquisador do comportamento Robert Cialdini conduziu uma pesquisa curiosa na Califórnia. O Objetivo era descobrir como convencer as pessoas a economizarem energia. Um quarto dos moradores recebeu um bilhete emocional, tipo “salve o planeta”. Outro grupo foi abordado com um apelo cívico: “seja um bom cidadão”. Um terceiro recebeu o bilhete: “desligue o ar condicionado e economize 54 dólares”. Todas essas abordagens tiveram efeito zero. Mas o quarto grupo recebeu um bilhete que dizia “seus vizinhos estão economizando mais que você”. A redução das contas foi brutal. Humanos são seres sociais, que se importam com o que os outros fazem. Com base nessa pesquisa, surgiu a Opower, uma empresa que usa design para fazer contas de luz com gráficos que compram seu uso de energia com a média dos vizinhos e os mais econômicos entre eles. A conta traz também dicas para quem quer melhorar. A Opower está atuando em seis países melhorando o design das contas de luz, e calcula que já economizou 250 milhões de dólares em contas. Motivar as pessoas a economizar é fundamental porque oito em cada nove unidades de energia produzidas são desperdiçadas.
Fonte: Superinteressante.
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