quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cerca de 85% dos brasileiros separariam o lixo caso serviço de coleta seletiva estivesse disponível, aponta Ibope

A maioria (85%) dos brasileiros que ainda não conta com coleta seletiva estaria disposta a separar o lixo em suas casas, caso o serviço fosse oferecido nos municípios, aponta pesquisa divulgada hoje (28) pelo Programa Água Brasil.

Apenas 13% dos entrevistados declararam que não fariam a separação dos resíduos e 2% não sabem ou não responderam. O estudo, encomendado ao Ibope, entrevistou 2.002 pessoas em todas capitais e mais 73 municípios, em novembro do ano passado.

Apesar da disposição em contribuir para a destinação adequada dos resíduos sólidos, o percentual dos que não têm meios para o descarte sustentável chega a 64% dos entrevistados.

A quantidade de pessoas que contam com coleta seletiva ou que têm algum local para deixar o material separado representa 35% da amostra.

Em relação aos produtos que costumam ser separados nessas casas, as latas de alumínios ficam em primeiro lugar, com 75%, seguidas pelos plásticos (68%), papéis e papelões (62%) e vidros (55%). Os eletrônicos, por outro lado, são separados por apenas 10% dos entrevistados. Cerca de 9% dos entrevistados não separam nenhum material mesmo que o serviço de coleta seletiva esteja implantado na sua região.

Dos que contam com o serviço de coleta seletiva, metade (50%) dos casos tem a prefeitura como responsável pelo trabalho. Catadores de rua (26%), cooperativas (12%) e local de entrega (9%) aparecem em seguida dentre os meios de coleta disponíveis.

O estudo aponta também que a proposta de uma tarifa relaciona ao lixo divide opiniões. A ideia de que quem produz mais resíduos deve pagar uma quantia maior é aprovada completamente por 13% dos entrevistados, 23% concordam parcialmente. Os que discordam completamente a respeito do pagamento da taxa somam 36%. Há ainda os que não concordam, nem discordam (16%) e os que discordam em parte, com 10%.

Na hora de consumir, práticas sustentáveis ainda são deixadas de lado. Preço, condições de pagamento, durabilidade do produto e marca lideram as preocupações do consumidor brasileiro. O valor do produto, por exemplo, é considerado um aspecto fundamental por 70% dos entrevistados. Características do produto ligadas à sustentabilidade, no entanto, como os meios utilizados na produção, o tempo que o produto leva para desaparecer na natureza e o fato de a embalagem ser reciclável, ficam em segundo plano.

Os entrevistados responderam ainda quais produtos devem ser menos usados em suas casas nos próximos três anos. O campeão foi a sacola plástica. O produto é comprado com frequência em 80% das residências, mas 34% dos entrevistados esperam reduzir o consumo. Em seguida aparecem os copos descartáveis (31%), bandejas de isopor (22%) e garrafas PET (21%). No fim da lista, entre os que devem permanecer com alto percentual de consumo, estão os produtos de limpeza perfumados. Apenas 9% estimam que irão reduzir o uso desses materiais.

O Programa Água Brasil é uma iniciativa do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil, da Agência Nacional de Águas (ANA) e da organização não governamental WWF-Brasil, com intuito de fomentar práticas sustentáveis no campo e na cidade.

Fonte: Agência Brasil por Camila Maciel

sábado, 20 de outubro de 2012

Empresa britânica faz combustível a partir de ar e água

Uma pequena empresa britânica anunciou ter desenvolvido uma tecnologia que, na visão de seus entusiastas, poderia ajudar a amenizar de uma só vez a crise energética provocada pelos altos preços do petróleo e o problema do aquecimento global.

Segundo a Air Fuel Synthesis, com sede no norte da Grã-Bretanha, seus cientistas e pesquisadores conseguiram produzir combustível a partir de ar e água. Mais precisamente, a partir de hidrogênio extraído de vapor d'água e gás carbônico - substância que costuma ser responsabilizada pelas mudanças climáticas.

Bom demais para ser verdade?

A novidade atraiu a atenção da imprensa britânica, principalmente depois de ter sido respaldada pela sociedade de engenheiros Institution of Mechanical Engineers, de Londres.

"Cientistas transformaram ar em combustível", anunciou o jornal Independent em sua manchete de hoje. Citando especialistas britânicos, o Daily Telegraph classificou a descoberta como "revolucionária". Para o tabloide Daily Mail, ela "promete resolver a crise energética global."

A tecnologia envolvida nesse processo não é inteiramente nova. Ela já vinha sendo pesquisada por laboratórios de diversos países, entre eles o Centro de Tecnologia Industrial Tokushima, no Japão, e o Centro de Estudos de Materiais Freiburg, na Alemanha.

Basicamente, consiste em extrair dióxido de carbono do ar e hidrogênio do vapor d'água (por eletrólise) e, em seguida, combinar as duas substâncias em uma câmera de alta temperatura.

O processo produz metanol, que é então processado para virar combustível.

Entusiastas e céticos

Os resultados da Air Fuel Synthesis, porém, chamaram a atenção porque a empresa conseguiu criar um pequeno protótipo de refinaria no qual a produção é feita de forma constante. E, com isso, produziu desde agosto cinco litros de combustível.

Agora, ela está começando a construir uma instalação maior com a intenção de produzir, em dois anos, uma tonelada dessa gasolina por dia. E segundo o diretor da empresa, Peter Harrison, a ideia é erguer, em até 15 anos uma refinaria em escala comercial.

"Podemos mudar a economia de um país permitindo que ele produza seu próprio combustível", explicou Harrisson ao Independent o diretor da Air Fuel Synthesis.

Mas nem todos estão tão entusiasmados com a iniciativa. O engenheiro químico e especialista em energia limpa Paul Fennell, do Imperial College London, é um dos céticos.

Ele explica que, para levar adiante o processo de produção de combustível a partir de dióxido de carbono e vapor d'água é preciso gastar uma grande quantidade de energia elétrica.

"Trata-se de um processo custoso e que não compensa esse gasto de energia", opinou Fennell em entrevista à BBC Brasil.

Para ele, faria mais sentido, do ponto de vista de eficiência energética, usar a energia elétrica diretamente - e apostar no desenvolvimento de outras formas de transporte movidas a eletricidade.

"A ideia de desenvolver uma nova técnica para criar combustível líquido à primeira vista é muito atraente porque não exige uma mudança das estruturas e sistemas de transporte usados hoje", afirma Fennel. "Mas isso não quer dizer que essa opção seja a mais eficiente nem a mais limpa - afinal, quando o novo combustível é queimado os poluentes voltam para a atmosfera."

Segundo Harrison, o objetivo da empresa por enquanto não é ampliar a eficiência do processo de produção de combustível a partir de dióxido de carbono, mas provar um princípio.

"Queremos mostrar que aqui na Grã-Bretanha é possível produzir petróleo a partir de ar", disse. "Esses processos são capazes de funcionar em escala industrial. Mas teremos trabalho para desenvolver as cadeias de suprimento e reduzir os custos", admitiu.
 
Fonte: Uol

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

De mais de 5.500, apenas 766 municípios brasileiros fazem coleta seletiva de lixo

Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, apenas 766 realizam coleta seletiva de lixo. A conclusão é da pesquisa Ciclosoft 2012, desenvolvida pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), apresentada hoje (3) no seminário “Politica Nacional de Resíduos Sólidos – A Lei na Prática”, no Rio de Janeiro.

O levantamento considera que o município realiza coleta seletiva quando pelo menos 10% da população faz a seleção do lixo e existe um trabalho de reciclagem, porta a porta ou por cooperativa.

Também é necessário que exista uma pessoa na prefeitura que responda pelo programa de reciclagem e que a ação tenha continuidade.

Apesar do baixo índice em relação ao total do país, o diretor-executivo do Cempre, André Vilhena, destacou o crescimento do número de municípios que fazem coleta seletiva, após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Naquele ano, apenas 443 municípios faziam coleta seletiva.

O crescimento nos últimos dois anos é maior do que na comparação entre 2010 e 2008, quando 405 municípios foram identificados como promotores de ações de coleta seletiva. “Tivemos um salto no envolvimento das prefeituras nas regiões Sudeste e Sul. Isso mostra que a lei começa a pegar na prática”, disse Vilhena.

O envolvimento das prefeituras e das empresas com a reciclagem do lixo foi destacada pelo secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Wilson. “Estamos percebendo um humor positivo da população em relação às políticas de resíduos sólidos”, disse.

Segundo ele, as pessoas acreditam que seja importante o compromisso empresarial com o desenvolvimento sustentável.
(Fonte: Portal iG)

domingo, 26 de agosto de 2012

Lei impõe contratação de profissional de meio ambiente em Curitiba/PR

Profissões "verdes"
A Câmara de Curitiba aprovou nesta quarta-feira (15), em segundo turno, o projeto de lei que obriga as empresas da cidade que atuam em setores potencialmente poluidores a contratar profissionais da área de meio ambiente. Existe uma tabela do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que define quais são esses segmentos. Para entrar em vigor, o projeto de lei precisa ser sancionado pelo prefeito, Luciano Ducci (PSB).
 
Pelo texto, este profissional pode ser engenheiro ambiental, químico com especialização em segurança ambiental ou técnico em meio ambiente, por exemplo. Ele deverá elaborar programas que garantam as condições de segurança ambiental, trabalhar na prevenção de acidentes e, se necessário, em medidas emergenciais.
 
Além disso, o profissional deverá fazer relatórios periódicos para informar a eficiência do plano adotado pela empresa. Se as ações previstas não apresentarem resultados satisfatórios, o responsável terá que especificar os danos e apresentar um laudo à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), com medidas de compensação.
 
Uma vez aprovada pelo prefeito, a lei entra em vigor em 120 dias e as empresas que não atenderem à exigência estarão sujeitas a multa estipulada pela prefeitura.
 
Na avaliação do professor Renato Eugênio de Lima, do Departamento de Geologia, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o projeto parece uma boa ideia, desde que não transforme a atividade em algo burocrático. “Precisa ser aplicado com bom senso”, acrescentou. Ainda segundo Lima, é importante que mesmo que passe a existir esta obrigatoriedade, ela não pode eximir a responsabilidade da prefeitura e dos órgão de fiscalização de monitorar e acompanhar a emissão de poluentes por parte das empresas, bem como as ações de recuperação.
 
(Fonte: G1)

sábado, 25 de agosto de 2012

Noruega pede a Brasil e Indonésia para manter proteção florestal

O ministro do Meio Ambiente da Noruega pediu nesta sexta-feira que o Brasil e a Indonésia evitem um retrocesso nas políticas para proteger as florestas tropicais, dizendo que até 2 bilhões de dólares em ajuda prometida por Oslo dependiam de provas de taxas mais lentas de desmatamento.
A Noruega, rica em petróleo e gás, prometeu mais dinheiro do que qualquer outra nação doadora para retardar a diminuição das florestas tropicais. A Noruega ajuda cerca de 40 nações a proteger as florestas.
O ministro do Meio Ambiente, Baard Vegar Solhjell, cujo país não está cumprindo as metas de cortes nas emissões de gases do efeito estufa, disse que estava acompanhando de perto o debate do Código Florestal no Brasil que poderia frear o que ele chamou de uma “enorme história de sucesso” na desaceleração do desmatamento.
Oslo prometeu até 1 bilhão de dólares cada para o Brasil e a Indonésia, os dois principais beneficiários de uma iniciativa florestal no valor de 3 bilhões de coroas norueguesas (514,750 milhões de dólares) por ano para ajudar a combater o aquecimento global.
“É importante que eles (Brasil) sigam as políticas que signifiquem que eles continuem a redução do desmatamento no futuro”, disse ele à Reuters. “Estamos pagando por resultados reais”.
A presidente Dilma Rousseff vetou em maio elementos do novo Código Florestal aprovado pelo Congresso que iria relaxar a reserva florestal que os agricultores são obrigados a preservar em suas terras. “Nós não sabemos o que vai acontecer” depois do veto, disse Solhjell.
A Noruega transferiu pouco menos de 100 milhões de dólares para projetos no Brasil, de um total de 425 milhões de dólares reservados para a nação nos anos 2008-11, disse ele. O restante desse total ainda será atribuído a projetos.
Dos até 1 bilhão de dólares prometidos para o Brasil, até 575 milhões de dólares ainda deverão ser separados. No entanto, um enfraquecimento da proteção florestal significaria um menor pagamento, Solhjell disse.
“GRANDE PASSO ADIANTE”
Ele também disse que a Indonésia deu um “grande passo adiante” com uma moratória sobre o desmatamento em 2011 como parte do acordo com a Noruega, apesar das críticas de que a exploração madeireira ilegal continua.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo perdeu um total líquido de 5,2 milhões de hectares de florestas por ano no período 2000-10 — totalizando uma área do tamanho da Costa Rica — ante 8,3 milhões por ano na década de 1990.
Taxas menores de desmatamento no Brasil e na Indonésia e plantações florestais na China, Índia e outros países ajudaram a frear as perdas, afirmou a organização. A Noruega diz que 17 por cento das emissões de dióxido de carbono feitas pelo homem são causadas pelo desmatamento.
Fonte: G1.com

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Água de 15 capitais tem sinal de contaminação

Pesquisas anteriores já haviam encontrado hormônios como estrona, progesterona e estradiol na água brasileira. Alguns cientistas sugerem que o consumo dessas substâncias está ligado à infertilidade masculina e ao fato de as meninas menstruarem cada vez mais cedo.

NOVA LEGISLAÇÃO
Os métodos para retirar a maioria desses poluidores emergentes da água já existem. Os mais conhecidos são chamados de processos oxidativos avançados, que usam substâncias químicas como a água oxigenada e o ozônio para fragmentar esses compostos em pequenas moléculas inorgânicas. No entanto, para que as estações de tratamento sejam obrigadas a usar esses métodos, é necessário que esses poluentes emergentes passem a ser regulados no país.

No Brasil, os critérios de potabilidade da água são estipulados pela portaria 2.914 do Ministério da Saúde, publicada no ano passado. A regulação, que é atualizada a cada 5 anos, estabelece diversas normas que as empresas distribuidoras de água têm de seguir, como padrões de acidez e radioatividade. Além disso, define quantidades limites de algumas substâncias, desde bactérias, como os coliformes fecais, até químicos inorgânicos como o cobre, o chumbo e o mercúrio.

Na última atualização da lei, cientistas chamaram atenção para a necessidade de controlar alguns dos poluentes emergentes. "Os pesquisadores sempre insistem para que a portaria traga novos parâmetros, enquanto as distribuidoras de água puxam para o outro lado", diz a engenheira Cassilda Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). A portaria acabou ficando no meio do caminho: o Ministério considerou que são necessários mais estudos antes que se possam apontar quantidades limites dessas substâncias.

NO INÍCIO
Na Europa e nos EUA, a discussão está mais avançada. No começo do ano, a Federação Europeia das Associações Nacionais de Serviços de Água e Esgoto passou a regular a quantidade de alguns produtos farmacêuticos na água, como o hormônio etinilestradiol e o antiinflamatório diclofenaco, e defendeu novos estudos para estabelecer os limites de outras substâncias. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental também deu início a pesquisas para estipular limites legais para esses poluentes. "No Brasil, a discussão ainda está no início", diz Marco Grassi, pesquisador da UFPR.

De fato, o Ministério da Saúde está começando a atentar para a questão dos poluentes emergentes. Segundo Daniela Buosi, coordenadora-geral de Vigilância e Saúde Ambiental, no ano passado a pasta lançou editais para que pesquisadores estudem melhor substâncias que ficaram de fora da portaria anterior, entre elas alguns poluentes emergentes. "Conforme o resultado, a portaria pode ser mudada a qualquer momento", diz.

Os pesquisadores do INCTAA também anunciaram que começarão uma segunda fase do estudo, em que vão analisar a água distribuída em mais capitais. Com o avanço das pesquisas, pode ser que a água potável de hoje seja considerada água suja amanhã.

CONTAMINANTES EMERGENTES ENCONTRADOS NA ÁGUA 
Triclosan Antisséptico presente em produtos de higiene
Possíveis riscos: Suspeita-se que o triclosan atrapalhe o funcionamento do sistema endócrino, ao alterar o metabolismo dos hormônios da tireoide. Também pode estar ligada ao surgimento de alergias.

Fenolftaleína
Indicador de acidez, usado também como laxante
Possíveis riscos: No Brasil seu uso como medicamento foi proibido pela Anvisa, pois suspeita-se que seja cancerígeno.

Atrasina Herbicida usado em lavouras brasileiras.
Possíveis riscos: Um estudo de 2010 mostrou sua ligação com a mudança de sexo em rãs. Além disso, é conhecida por alterar o sistema endócrino e pesquisas mostraram sua ligação com o baixo nível de esperma em homens.

fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

terça-feira, 3 de julho de 2012

O rio da minha cidade

Peixes mortos na barragem do Ribeirão Lindóia
(foto:Roberto Custódio / Jornal de Londrina) 
Estamos na cidade de São Paulo, em 1925. A menina Maria tinha 10 anos de idade quando caiu doente, com pneumonia dupla. Depois de meses convalescendo, o pai, preocupado, achou por bem que Maria deveria aprender a nadar. Dessa forma, seus pulmões ficariam mais fortes. "Meu pai me levou para o rio Tietê. Ele prendia meu maiô num anzol, ficava segurando a vara com uma corda do lado de fora do rio e dizia como eu devia fazer, enquanto desajeitadamente eu batia pernas e braços e bebia muita água", lembrou Maria. "Pois é, o Tietê tinha águas transparentes, era uma delícia no verão. Clubes surgiram nas margens do rio. O meu era o Clube Tietê, que tinha uma área delimitada no rio para as crianças darem suas primeiras braçadas."

A menina Maria morreu em 2007, aos 92 anos, pouco tempo depois de conceder esta entrevista à revista Aventuras na História. Com ela, levou o título de ter sido Maria Lenk, uma das maiores nadadoras do mundo: quebrou recordes, foi a primeira brasileira a disputar (e a vencer) provas internacionais. E tudo começou justo no rio Tietê, que, ao lado do rio Pinheiros, corta a capital paulista - e atualmente possui águas terrivelmente poluídas. Não dá mais nem para chegar perto, imagine nadar ali.

Desde que as indústrias se instalaram na capital paulista e passaram a depositar seus dejetos nos rios, o Pinheiros e o Tietê foram abandonados por moradores (e nadadores), tornando-se um símbolo da sujeira e da degradação. A cidade perdeu de vez, em 1963, os maiores parques aquáticos de que se tem notícia, quando o Tietê sediou sua última competição de remo. "Já a natação foi proibida cerca de 20 anos antes, quando atletas passaram a contrair tifo e doenças típicas da sujeira", lembra o ex-remador do Tietê Jorge Vidal, que, entre uma braçada e outra, conta que conheceu ali aquela que viria a se tornar sua esposa. "Quem diria, hoje mal conseguimos olhar para esse mesmo rio."

Mudaram o curso do Tietê, assim como ele e outros rios já mudaram o rumo da vida de muita gente. Como dizia o escritor Euclides da Cunha, o rio é a estrada para toda a vida. O artista visual Arthur Omar passou a ter outra visão de mundo depois que caiu acidentalmente no rio Amazonas e quase morreu afogado. "Acredito que estou lá até hoje, uma pequena parte, vivendo uma vida própria, num rio particular. O rio é meu. Eu defendo esse rio, não porque ele seja um patrimônio da humanidade ou porque esteja ameaçado pela cobiça internacional, mas porque ele me pertence. Ele é totalmente meu porque quando estive nele aprendi a não querer ter absolutamente nada", relata. "O fluxo não sou eu. Eu é que entro no fluxo."

Em São Paulo, os rios procuram um dono. Numa tentativa de reconciliá-los com a cidade, foi inaugurada, recentemente, uma ciclovia de 14 quilômetros que percorre parte da marginal do rio Pinheiros. Mas as águas que estão ao lado de quem pedala continuam um esgoto a céu aberto - tanto que o cheiro insuportável muitas vezes inviabiliza o passeio. Uma pesquisa recente apontou que a poluição no Tietê, por exemplo, está pior do que há 18 anos.

Os rios são marcos nas fundações das cidades. Eles trazem a água, os peixes, os alimentos, portanto, a vida. Por isso, as aglomerações humanas partem deles. Sabe-se que o desenvolvimento da agricultura irrigada nas planícies dos grandes rios foi fator econômico decisivo na fundação das primeiras cidades, nos vales dos rios Nilo (Egito), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia) e Indo (Índia). Todos eles sofrem atualmente com a poluição, mas nenhum chegou ao ponto do Tietê. 

Fonte www.planetasustentavel.abril.com.br

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Preocupação do brasileiro com consumo de água aumenta, mas desperdício nas residências cresce em cinco anos

Pesquisa realizada pelo Ibope para WWF-Brasil revela que 48% da população consome água
com pouco controle, 30% demora mais de 10 minutos no banho e 29% dos domicílios no Nordeste enfrentam constante falta d’água.

O brasileiro desperdiça água, afirma conhecer formas de economizar o recurso, mas não as coloca em prática. A pesquisa - que faz parte do “Programa Água para a Vida”, uma parceria entre o WWF-Brasil e o HSBC – mostra que 68% dos entrevistados, em 26 estados do país, reconhecem o desperdício como a principal causa para o problema de abastecimento de água no futuro.

Quase metade (48%) da população admite gastar água em suas casas com pouco controle. Há cinco anos, essa parcela representava 37%. Nos dois períodos, os entrevistados apontaram que diminuir o tempo de banho é a melhor forma de reduzir o consumo. No entanto, 30% informaram demorar mais de 10 minutos embaixo do chuveiro em 2011, enquanto, em 2006, 18% despendiam o mesmo tempo para a atividade. Estima-se que em um banho de 10 minutos sejam gastos 100 litros de água. Fechar a torneira ao escovar dentes, consertar vazamentos e não lavar calçadas com mangueira foram os outros meios destacados pelos quais o desperdício pode ser evitado.

Outra questão revelada pelo estudo é o baixo conhecimento sobre o consumo de água no país. Para 81% da população, residências e indústrias são os grandes usuários e apenas 16% avaliam – corretamente – que a agricultura é a grande consumidora de água no Brasil.

A produção agrícola é responsável por 70% do uso do insumo e pelo maior gasto sem controle. Além disso, a indústria é vista como a maior poluidora (77%). Ainda é desconhecido, por exemplo, que a poluição das águas por uso doméstico, muitas vezes, supera a poluição industrial em grandes centros urbanos. “Esses dados demonstram que a percepção do problema se restringe ao ambiente onde vive a maioria da população do país: as grandes cidades. Não há uma visão integrada com a zona rural, onde estão as principais fontes do recurso, e do caminho que esta percorre até chegar às casas e apartamentos. O problema é visto da “torneira para frente” e poucos o reconhecem da “torneira para trás”, explicou Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil.

A pesquisa aponta ainda que 67% dos domicílios pesquisados no país enfrentam algum tipo de falta d’água. No Nordeste, já existe escassez constante do recurso em 29% dos domicílios. Apesar disso, o consumo médio de água diário, por habitante no país (185 l), é considerado mediano, próximo do da Comunidade Europeia (200 l), mas muito distante do de regiões secas como o semiárido brasileiro (abaixo de 100 l), e partes da África subsaariana (abaixo de 50 l).

O levantamento mostrou também que 87% das pessoas não conhecem a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão regulador do recurso, criado pelo governo federal em 2000, e o desmatamento foi apontado apenas por 1% dos entrevistados como uma das causas do agravamento do problema da água no país. “O tema de água doce, seus problemas e oportunidades ainda precisam ser melhor compreendidos pelo cidadão brasileiro. A urbanização crescente nas últimas décadas fez com que mais de 80% da população passasse a morar nas cidades. O descompasso entre o reconhecimento do problema e a tomada de atitudes precisa ser compreendida. A visão sobre a água é limitada, assim como a percepção dos seus problemas”, completa Maria Cecília.

A pesquisa, encomendada pelo WWF-Brasil ao Ibope, ouviu 2.002 pessoas em novembro de 2011 em 26 estados da federação.

Programa HSBC pela Água Uma parceria entre o Grupo HSBC, WWF, WaterAid e Earthwatch, o programa tem o objetivo de trabalhar com o fornecimento, proteção e educação sobre a água em cinco bacias de importância estratégica em nível mundial e onde vivem um bilhão de pessoas: a do Yangtze, na China; do Ganges, na Índia; do Mekong, que se expande por territórios da China, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã; do Leste Africano, nas bacias do Ruaha e Mara, dividido entre o Quênia e a Tanzânia; e o Pantanal, em terras brasileiras, resultando em um dos projetos ambientais mais inovadores realizado por uma organização financeira.

WWF-Brasil Organização não governamental brasileira que tem os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. Criada em 1996 e sediada em Brasília, a instituição desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, uma das maiores redes independentes de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Sala de imprensa CDN Comunicação

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Gelo combustível

China descobre depósitos de gelo na provincia de Qinghai que poderão ser usados como fonte de energia. Isso porque o gelo encontrado é hidreto de metano, uma mistura de água congelada com gás metano, que pode ser queimado. Fontes oficiais informaram que as reservas são suficientes para abastecer o país por até 90 anos. Os EUA também já tem projeto para explorar o gelo combustível, o que preocupa os ambientalistas é que um vazamento acidental de metano poderia acelerar o aquecimento global.
(Fonte: Superinteressante)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

IAP passa a divulgar dados diários sobre qualidade do ar

O Paraná passou a divulgar diariamente os dados sobre qualidade do ar, a partir de terça-feira (5), no site do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) - www.iap.pr.gov.br - no link “monitoramento ambiental”. Os índices são atualizados às 16h. O anúncio foi feito durante cerimônia da Semana Mundial de Meio Ambiente promovida pela Prefeitura de Curitiba.

Segundo o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, no ano passado o Estado já tinha inovado com a divulgação semanal dos dados, que antes era mensal. “O nosso objetivo é buscar a publicação cada vez mais eficiente, clara e precisa à população”.

O IAP conta com 12 estações de amostragem, das quais sete realizam as coletas de forma automática e no intervalo de leitura de segundos. As estações medem a quantidade de ozônio, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono, partículas totais em suspensão e partículas inaláveis.

Para o próximo ano, o instituto planeja ampliar a rede de monitoramento na grande Curitiba e em mais cinco cidades do interior do estado. Para isso, serão firmadas parceiras e convênios com empresas. Também entrará em vigor a inspeção e controle da qualidade do ar de veículos automotores, pelo Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV).

CURITIBA – A prefeitura assinou convênio de cooperação técnica inédito com o IAP e o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) – que auxilia na coletas de dados sobre poluição do ar. O convênio prevê repasse de recursos municipais para a administração da estação de monitoramento da qualidade do ar no bairro Santa Cândida. Além da participação de técnicos municipais para a interpretação dos dados juntamente com o IAP e a Lactec.

Segundo Omar Sabbag Filho, presidente do Lactec, o convênio é muito importante porque amplia a atividade da empresa na área ambiental. Para o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, a parceria mostra a preocupação com o meio ambiente, a saúde e qualidade de vida da população.

O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, lembrou que Curitiba tem emissão de gases poluentes e que, com o monitoramento, é possível manter boa qualidade do ar. “Temos em Curitiba e região metropolitana perto de 2 milhões de veículos, além daqueles que trafegam pelas estradas que cruzam os municípios e das atividades industriais”.

ANUAL - O IAP apresentou o Relatório Anual de Qualidade do Ar de Curitiba e Região Metropolitana. No documento estão detalhados os índices de poluentes no ar de cada localidade monitorada. O objetivo desse estudo é manter a população informada e servir como instrumento para o acompanhamento e avaliação da eficiência das medidas tomadas pelo governo. O trabalho de análise e monitoramento foi realizado pela Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais (Depam) do IAP e está disponível no www.iap.pr.gov.br

fonte: www.iap.pr.gov.br/

quarta-feira, 6 de junho de 2012

França quer proibir pesticida que está dizimando abelhas

Depois de pesquisas mostrarem que pesticidas com neonicotinóides estão ligados ao declínio de populações de abelhas, a França anunciou seus planos de proibir o Cruiser OSR, pesticida produzido pela Sygenta.

Estudos recentes, um deles francês, provaram que os neonicotinóides provavelmente danificam a capacidade de navegação das abelhas, potencialmente devastando colméias. O governo do país afirmou que dará à Sygenta duas semanas para que prove que o pesticida não está ligado ao declínio, conhecido como Desordem do Colapso de Colônias (CCD).
A decisão francesa foi tomada depois sua Agência Nacional para Alimentos, Segurança e Ambiente ter confirmado as descobertas de dois estudos recentes publicados na Science. Os dois afirmam que os pesticidas de neonicotinóides não são imediatamente letais, mas podem prejudicar colônias de abelhas com o tempo.

No estudo francês, pesquisadores colaram microchips em abelhas nas quais foram administradas pequenas doses de tiametoxam, um ingrediente primário do Cruiser OSR. As abelhas expostas ao pesticida tiveram uma probabilidae de duas a três vezes maior de não voltarem às colônias depois de vôos exploratórios, o que permitiu a cientistas fazerem a hipótese de que elas perdem sua capacidade de navegação.

Já que os pesticidas de neonicotinóide trabalham impactando o sistema nervoso central de insetos, eles vem sendo há tempos alvo de pesquisadores que tentam entender a Desordem do Colapso de Colônias, mas a dificuldade tem sido provar que eles prejudicam as colônias, mesmo que não matem as abelhas imediatamente.

A Sygenta desmente que seu produto tenha qualquer papel na história, mas o governo francês discorda e diz que pretende propor a proibição e seu uso em toda a União Européia, informa o Mongabay.

Fonte: planetasustentavel.abril.com.br
José Eduardo Mendonça

terça-feira, 22 de maio de 2012

Chico Bento pede para a presidente Dilma Rousseff vetar o novo Código Florestal

Mauricio de Sousa criou um quadrinho em que seu famoso personagem Chico Bento pede para a presidente Dilma Rousseff vetar o novo Código Florestal. A presidente tem até a próxima sexta-feira (25) para decidir sobre os possíveis vetos ao projeto aprovado pela Câmara.

Ele começa o quadrinho dizendo "licença, dona Dirma!".

"A gente num intendi muito das coisa da lei mais intendi da nossa necessidade", fala o personagem. "I nóis percisa das mata, dos rio, dos peixe... I tá todo mundo achando qui isso vai sê mexido pra pior."

O apelo foi postado pelo cartunista em seu perfil no microblogo Twitter.
Fonte: folha.uol.com.br

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tênis transforma movimento dos pés em energia

Com design futurista, o tênis "InStep Nanopower" é capaz de aproveitar a energia mecânica do movimento dos pés e gerar uma corrente elétrica para abastecer pequenos aparelhos eletrônicos. Toda a mágia acontece graças à presença de nanopartículas de metal líquido contido no interior de pequenas bolsas no solado do tênis. A energia gerada é então armazenada em uma bateria conectada a um cabo USB.

Segundo o site oficial do produto, que foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, testes recentes indicam que cada passada pode gerar até 20 watts. Uma caminhada intensa ou corrida poderia então gerar energia suficiente para estender a duração da bateria de um celular ou iPod.

Fonte: exame.abril.com.br

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pilha sustentável

fabricante japonesa Aqua Power System
criou a NoPoPo Battery, uma pilha que
funciona sem poluir e agredir o meio
ambiente.
NoPoPo Battery (No Pollution Power) funciona quando o usuário coloca um líquido a base de água na parte interna da bateria com ajuda de uma espécie de seringa. Isso é possível porque dentro da pilha existe uma mistura de carbono e magnésio, que em contato com a água reage e gera energia.

Esse líquido pode ser água, suco, cerveja, whisky e refrigerante. A empresa também garante o funcionamento da pilha caso o usuário coloque saliva ou urina na pilha. Para carrega-la, basta sugar o líquido com a seringa, empurrar o lacre e despejar o conteúdo na bateria.

Outro diferencial da NoPoPo é que ela não se deteriora rapidamente, como as convencionais. Ela consegue reter sua carga por até 20 anos. Porém, a pilha só pode ser recarregada no máximo seis vezes.

A pilha também é reciclável e não contém substâncias nocivas e metais pesados, como mercúrio, chumbo ou cádmio. Portanto, após recarregar o máximo de vezes possível, o usuário pode fazer o descarte da pilha de forma sustentável.

As pilhas NoPoPo tem 1/3 do peso da uma bateria convencional. Elas estão à venda no site Japan Trend Shop e custam 58 dólares.

Fonte: Info.abril

segunda-feira, 9 de abril de 2012

J O G O S
Excell Jogo